Médico suspeito de causar mortes de pacientes é preso. João Batista do Couto Neto, o médico acusado de causar a morte de 42 pacientes, voltou a ser preso nesta terça-feira (10) em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Ele descumpriu medidas cautelares impostas anteriormente. A RBS TV confirmou a nova prisão do médico, que já está sob investigação por mortes e lesões em pacientes.
Dessa forma, João Batista do Couto Neto enfrenta suspeitas de causar a morte de 42 pacientes e lesões em outros 114, e responde a acusações em pelo menos três inquéritos.
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Médico suspeito de causar mortes de pacientes é preso: a prisão
Em dezembro do ano passado, a polícia prendeu João Couto no interior de São Paulo, enquanto ele atendia em um hospital, após obter o registro no Cremesp. No entanto, ele obteve a liberdade provisória poucos dias depois. Naquela ocasião, ele foi indiciado pela morte de três pacientes.
A prisão preventiva foi efetuada porque João Couto não respeitou as medidas cautelares impostas pelo Judiciário. Assim, as autoridades decidiram agir novamente ao constatar o descumprimento dessas medidas.
O advogado Brunno de Lia Pires, que defende João Batista do Couto Neto, manifestou surpresa com a nova prisão. Em nota, o advogado destacou que o médico estava “cumprindo à risca todas as medidas cautelares contra si impostas”. (Leia a íntegra do documento abaixo)
Os crimes
A polícia investigou e indiciou João Batista do Couto Neto por homicídio doloso em pelo menos três inquéritos, que foram concluídos no ano passado. Segundo informações da Polícia Civil na época, os indiciamentos ocorreram após apurações sobre a morte de dois homens e uma mulher.
Pacientes e ex-colegas de trabalho relataram diversos problemas associados ao médico, como excesso de cirurgias diárias, realização de procedimentos desnecessários e diagnósticos falsos de câncer raro, entre outras irregularidades.
Nota da defesa
“Com surpresa a Defesa recebeu a notícia da decretação de nova prisão do dr. João Couto Neto. Surpresa diante de tamanha arbitrariedade de quem deveria conduzir o processo com imparcialidade e primar pela presunção de inocência, tendo em vista que o processo se destina justamente a apurar a responsabilidade do réu pelos fatos a que foi denunciado.
A justificativa não se sustenta minimamente, haja vista o médico estar cumprindo à risca todas as medidas cautelares contra si impostas: não deixou a comarca de Novo Hamburgo em nenhum momento, está respondendo todos os processos movidos contra si e não vem exercendo a medicina. Triste ver a justiça enveredar pelo caminho da vingança, prática que infelizmente virou regra no Brasil. Esperamos novamente reverter no Tribunal mais essa injustiça.
Brunno de Lia Pires”