O governo do RS enviou, na última terça-feira (1º), 59 laudos das residências afetadas pelas enchentes em Canoas e Porto Alegre. Em Canoas, 32 laudos apontaram que as casas estão em situação de risco severo, o que exige a interdição definitiva ou demolição imediata. Esses pareceres, realizados pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) com apoio técnico da Universidade do Vale do Taquari (Univates), têm o objetivo de avaliar as condições de habitabilidade das moradias atingidas pelas enchentes de abril e maio.
Os laudos, entregues à prefeitura de Canoas, fazem parte dos documentos necessários para que as famílias desabrigadas tenham acesso a programas habitacionais do governo federal. A conclusão desses laudos acelera o processo de reestruturação habitacional, proporcionando uma solução mais rápida para as famílias afetadas.
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O vice-governador Gabriel Souza, que coordena o projeto dos Centros Humanitários de Acolhimento, destacou a importância de concluir essa etapa. “Queremos que essa espera acabe logo, para que as famílias que estão acolhidas temporariamente tenham um lar digno e possam retomar suas vidas com segurança e qualidade”, afirmou Gabriel.
Após enchente em Canoas, 32 famílias terão casas demolidas após laudos do Governo do RS: imóveis permanentemente interditados
Dos laudos realizados, 45 classificaram as residências como vermelhas ou laranjas, indicando destruição ou interdição definitiva. Em Canoas, 32 imóveis não poderão ser recuperados, enquanto 13 laudos referem-se a Porto Alegre. Já outras áreas que não foram localizadas deverão passar por nova análise assim que as prefeituras fornecerem mais informações.
Os Centros Humanitários de Acolhimento, instalados em Canoas e Porto Alegre, foram criados para garantir dignidade e proteção às famílias enquanto aguardam novas moradias. Esses centros, financiados pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac e geridos pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), atualmente acolhem 838 pessoas. Em Canoas, as unidades Recomeço e Esperança oferecem abrigo temporário às vítimas das enchentes, enquanto o governo busca alternativas permanentes para essas famílias.
O projeto faz parte do Plano Rio Grande, que busca enfrentar os impactos das enchentes com ações emergenciais, de reconstrução e de desenvolvimento futuro para o Estado.