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22 de junho de 2025

Operação para acabar com rede de lavagem de dinheiro prende 17 pessoas

As prisões na operação incluíram 11 alvos principais da ação, 3 foragidos com mandados de prisão em aberto e outros 3 presos em flagrante

A Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Sul (FICCO/RS) prendeu 17 pessoas nesta quarta-feira (9) durante a Operação “Privilege”, que desmantelou uma grande rede de operadores financeiros ligados a facções criminosas. As prisões incluíram 11 alvos principais da ação, 3 foragidos com mandados de prisão em aberto e outros 3 presos em flagrante por posse irregular de arma de fogo e obstrução da justiça.

Operação para acabar com rede de lavagem de dinheiro prende 17 pessoas: apreensões e bloqueios milionários reforçam ação policial

A polícia também apreendeu cerca de R$ 300 mil em espécie, além de sequestrarem bens imóveis e veículos dos envolvidos. Para garantir que os grupos criminosos sejam afetados economicamente, as investigações bloquearam 82 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, somando até R$ 70 milhões. Esses valores foram movimentados por facções atuantes no Rio Grande do Sul, principalmente na região do Vale dos Sinos e na Fronteira Oeste.

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A operação, que envolveu 102 policiais, incluindo 75 da Polícia Federal, 12 da Polícia Rodoviária Federal, 5 da Polícia Civil e 10 da Brigada Militar, cumpriu 13 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, o que reforçou o combate à lavagem de dinheiro.

Esquema nacional de lavagem de dinheiro é revelado

A investigação começou após a descoberta de um grupo que recolhia dinheiro em espécie de facções criminosas. O esquema operava em todo o Brasil, utilizando contas bancárias de terceiros para movimentar grandes quantias de dinheiro. Em cinco anos, mais de R$ 770 milhões foram depositados em todo o país, com R$ 73 milhões identificados apenas no Rio Grande do Sul.

No Vale dos Sinos, criminosos locais utilizavam a estrutura para lavar dinheiro do tráfico de drogas. O dinheiro era recolhido semanalmente e depositado em contas de terceiros, tornando-o aparentemente legal. Essa estratégia permitiu que os criminosos transformassem grandes quantias em ativos com origem limpa.

Operação simultânea em São Paulo amplia o alcance

A Operação “Privilege” foi coordenada com a Operação “Alcaçaria”, que ocorreu simultaneamente em São Paulo. As duas operações compartilham alvos e visam desarticular e descapitalizar grupos criminosos com maior eficiência. Juntas, essas operações reforçam o compromisso das autoridades em combater o crime organizado de maneira integrada e decisiva.

A FICCO/RS, integrada por várias forças de segurança, continua empenhada em intensificar o combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro, alinhada ao Plano de Enfrentamento à Criminalidade Violenta do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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