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22 de outubro de 2024

Pesquisa aponta que mulheres com câncer de mama sofrem com perda de emprego após diagnóstico

Um estudo feito pelo Datafolha mostra que após o diagnóstico de câncer de mama, muitas mulheres acabam perdendo seus empregos.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido da farmacêutica Astrazeneca revelou que 4 em cada 10 mulheres que exerciam uma atividade profissional deixaram seus empregos após o diagnóstico de câncer de mama.

Especialistas destacam que, embora o mercado de trabalho tenha avançado na proteção dos direitos das mulheres—incluindo a licença-maternidade e a proteção contra demissões durante a gravidez—o câncer de mama ainda impõe desafios significativos à reintegração dessas profissionais.

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Embora tratamentos como quimioterapia e radioterapia possibilitem que muitas pacientes permaneçam ativas no mercado, elas enfrentam obstáculos relacionados ao tempo de recuperação e às frequentes consultas médicas, especialmente no SUS (Sistema Único de Saúde), segundo um médico.

O estudo estrevistou 240 mulheres em cinco cidades. Segundo ele, 134 delas estavam empregadas no momento do diagnóstico. O levantamento revelou que 59% das mulheres conseguiram manter seus empregos, enquanto 41% se viram forçadas a deixá-los. As quedas mais acentuadas ocorreram entre aquelas com carteira assinada e freelancers.

Os entrevistadores se concentraram em instituições que tratam câncer de mama e nas áreas próximas a esses locais, garantindo uma seleção aleatória das participantes. Essa abordagem resultou em um grupo diversificado, composto principalmente por mulheres acima de 45 anos e de diferentes classes sociais e regiões do país.

Principal motivo do desemprego de mulher com câncer de mama é falta de de tratamentos

O estudo indica que a principal dificuldade enfrentada para manter o emprego depois da doença são as ausências para tratamentos. Cirurgias podem exigir afastamentos de 15 a 30 dias, e a quimioterapia, com duração de quatro a seis meses, traz dias desafiadores. Para mitigar esses problemas, Arraes sugere a criação de legislações que exijam suporte específico por parte das empresas, especialmente aquelas de grande porte.

Além disso, como parte da iniciativa “Todas”, a Folha oferece três meses de assinatura digital gratuita para mulheres.

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