Nesta quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) em inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado planejada em 2022.
Entre os 37 indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. A investigação aponta crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
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As provas reunidas ao longo de quase dois anos incluem quebras de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático, além de colaborações premiadas e mandados de busca e apreensão, devidamente autorizados pelo Judiciário. Posteriormente, a Polícia Federal encaminhou o relatório, com mais de 800 páginas, ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ministro Alexandre de Moraes atua como relator.
Bolsonaro é indiciado pela PF em plano de golpe de Estado: grupos envolvidos
Assim, segundo a Polícia Federal, os indiciados atuaram de forma organizada, com divisões em núcleos específicos:
- Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
- Núcleo para Incitar Militares a Aderirem ao Golpe;
- Núcleo Jurídico;
- Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
- Núcleo de Inteligência Paralela;
- Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.
Envolvimento de Bolsonaro
De acordo com a PF, Bolsonaro participou ativamente da elaboração da chamada “minuta do golpe”, que previa intervenção no Judiciário para evitar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Ele teria ajustado e “enxugado” o documento, conforme mensagens enviadas por Mauro Cid ao então comandante do Exército, general Freire Gomes.
Além disso, a investigação também revelou que, em 9 de dezembro de 2022, Bolsonaro se reuniu com o general Estevam Cals Theophilo, buscando apoio militar para concretizar o plano. Portanto, esse inquérito é o terceiro no qual o ex-presidente foi indiciado, somando-se às apurações sobre a falsificação de cartões de vacina e a venda ilegal de joias recebidas durante seu governo.