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16 de janeiro de 2025

Anvisa flexibilia uso do “Chip da Beleza” por riscos a saúde

A Anvisa retirou do mercado os implantes hormonais que não possuíam registro sanitário adequado

A agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) flexibilizou o uso do “chip da beleza”, um implante hormonal subcutâneo que vinha sendo amplamente utilizado para fins estéticos.

Assim, o implante era utilizado para o aumento de massa muscular, melhora na disposição física e controle de gordura corporal. Apesar da popularidade, o dispositivo gerou preocupações em relação aos seus riscos.

Especialmente após a análise de estudos recentes e o posicionamento de diversas entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), que condenaram sua utilização estética.

Como funciona o Chip da Beleza

O médico insere o implante sob a pele, que libera hormônios de forma contínua, tendo como base substâncias como gestrinona, testosterona e estradiol.

Embora ofereça alguns benefícios, como a diminuição da hepatotoxicidade e maior aderência ao tratamento, os riscos de efeitos colaterais são preocupantes. Entre os principais estão a virilização – com acne, aumento de pelos e queda de cabelo – resistência insulínica, hiperglicemia, e o aumento do risco de trombose.

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Estudos realizados nos EUA demonstraram que mulheres que utilizavam o chip apresentaram uma taxa mais alta de efeitos adversos. Já aquelas usavam hormônios aprovados pelas agências reguladoras apresentaram menos efeitos colaterais.

Além disso, a Anvisa ressaltou que a liberação de implantes hormonais para tratamentos médicos deve seguir critérios rigorosos de segurança e eficácia.

A ANVISA proibiu a utilização do “chip da beleza” fora do contexto médico, devido aos riscos à saúde, como trombose, virilização, AVC, hipertensão e outros efeitos colaterais graves.

Anvisa retirou do mercado os implantes sem registro

Por isso, a retirada do mercado ocorre em um cenário de crescente preocupação com a automedicação e o uso indiscriminado de substâncias para fins estéticos. A Agência alerta para a importância necessidade de cuidados e acompanhamentos adequados ao prescrever terapias hormonais.

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