Na tarde do dia 25 de novembro de 2020, o futebol argentino e o mundo inteiro sofreram uma perda irreparável, Diego Armando Maradona, um dos maiores ícones do esporte, faleceu aos 60 anos devido a uma insuficiência cardíaca aguda.
Há quatro anos, o dia foi marcado por comoção no mundo inteiro. Toda a Argentina se mergulhou em luto, enquanto fãs e colegas de profissão homenagearam sua memória.
Maradona, considerado por muitos o melhor jogador de todos os tempos, teve uma carreira repleta de glórias, mas também de polêmicas e altos e baixos. Seu nome se tornou sinônimo de genialidade com a bola nos pés, mas também de tragédias pessoais que marcaram sua trajetória.
A ascensão de um deus do futebol
Diego Maradona nasceu em 30 de outubro de 1960, em Villa Fiorito, um subúrbio pobre de Buenos Aires, onde a pobreza e as dificuldades da vida cotidiana estavam presentes em cada esquina. Ali, ele deu seus primeiros passos no futebol, jogando descalço com os amigos nas ruas e começando a mostrar o talento inato que o transformaria em uma lenda.
No entanto, com apenas 10 anos, Maradona já chamava a atenção pela sua habilidade, o que o levou a ingressar nas divisões de base do Argentinos Juniors, clube onde viria a estrear como profissional aos 15 anos. Foi no time que o projetou para o estrelato, que Diego afirmou ter “tocado o céu com as mãos”. E de fato, foi assim que ele se tornou: uma figura divina no universo do futebol.
LEIA TAMBÉM:
- Animal ameaçado de extinção é avistado no Brasil “Eu nunca tinha visto um”
- Como competir em esportes pode ajudar em sua vida?
- Saúde mental: como cuidar da mente e prevenir transtornos psicológicos
Com apenas 17 anos, Maradona já vestia a camisa da seleção argentina, estreando com um impressionante 5 a 1 sobre a Hungria. Mas sua carreira teve um grande marco em 1981, quando, aos 21 anos, se transferiu para o Boca Juniors, time de seu coração. Lá, conquistou o Campeonato Argentino, tornando-se um ídolo eterno da torcida xeneize.
A lenda cresce: de Barcelona a Nápoles
Ele consolidou sua ascensão ao topo do futebol mundial ao ir para o Barcelona, na Espanha, em 1982. Lá, conquistou títulos importantes, como a Copa do Rei e a Supercopa da Espanha, mas também se envolveu em polêmicas, como o vício em drogas e os problemas extracampo.
Foi na Itália, no Napoli, onde Maradona atingiu o auge de sua carreira de clubes. Em Nápoles, ele se tornou uma verdadeira lenda, conquistando dois campeonatos italianos, uma Copa UEFA e uma Copa da Itália.
Mas foi no auge da sua carreira internacional, em 1986, que Maradona alcançou a imortalidade ao conquistar a Copa do Mundo no México. Nesse torneio, ele protagonizou dois gols que entraram para a história: o infame gol da “Mano de Dios”, onde utilizou a mão para marcar um gol contra a Inglaterra, e o “Gol do Século”, em que driblou metade da equipe inglesa antes de colocar a bola na rede.
A queda e as controvérsias
Apesar das glórias, a vida de Maradona também foi marcada por escândalos e quedas dramáticas. Seu vício em drogas, especialmente a cocaína, o afastou dos campos por diversos períodos, e em 1994.
Maradona foi suspenso por doping durante a Copa do Mundo dos Estados Unidos. Assim, esse foi apenas o começo de um ciclo de suspensões e afastamentos que mancharam a imagem do jogador.
Maradona também passou por diversas conturbadas passagens por clubes como Sevilla e Newell’s Old Boys, além de envolvimentos com a máfia napolitana e escândalos públicos, que só aumentaram a tensão em torno de sua imagem. A partir de 1997, após mais uma suspensão por dopagem, Maradona decidiu se aposentar, mas sua vida seguiu marcada por polêmicas, como seu período em coma após uma overdose em 2004.
O Fim de uma era: 25 de novembro de 2020
O futebol argentino nunca mais foi o mesmo após a morte de Maradona. Sua partida, aos 60 anos, deixou uma lacuna irreparável. Além disso, o ídolo, aclamado como “El Diego” pelos fãs argentinos e considerado um deus por muitos, partiu e deixou um legado inquestionável.
Por isso, naquele 25 de novembro de 2020, o mundo parou para prestar homenagens a Maradona, e a Argentina viveu, especialmente, um dia de luto.
Acesse a Agência GBC e veja mais conteúdos sobre história do esporte