A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (12) a Operação Erga Omnes em Canoas. A ofensiva tem objetivo de desarticular um grupo criminoso que pratica os crimes de peculato, corrupção passiva, violação de sigilo e associação criminal em leilões judiciais na Justiça do Trabalho.
De acordo com a PF, o grupo começou a ser investigado após uma inspeção judicial extraordinária realizada pela Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho em um órgão da Justiça do Trabalho em Canoas.
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Ainda, conforme a polícia, agentes cumprem 10 mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e uma medida cautelar de afastamento do cargo. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região expediu as ordens judiciais para a realização da operação.
Polícia Federal faz operação contra grupo criminoso em Canoas: como funcionava o esquema?
De acordo com a apuração da Polícia Federal, dois grupos de leiloeiros judiciais teriam praticados fraudes a execuções trabalhistas, arrematações fraudulentas e apropriação indevida de valores depositados em hastas públicas. Essas ações teriam a proteção de um agente público da Justiça do Trabalho.
Porém, segundo a investigação, em troca da proteção, o grupo criminoso promovia o pagamento de vantagens indevidas ao investigado de duas formas: diretamente ou por meio de seus familiares. Os integrantes do grupo pagavam boletos pessoais do agente público relacionados a faturas de cartão de crédito, financiamentos imobiliários, despesas condominiais e imobiliárias.
Conforme a PF, entre 2022 e 2024, os policiais identificaram o pagamento de mais de R$ 1 milhão somente em boletos bancários.