Um estudo recente revelou que graves falhas no sistema de proteção contra cheias em Canoas agravaram o impacto das enchentes de maio de 2024. O levantamento, conduzido por especialistas de universidades e órgãos técnicos, aponta problemas estruturais e de gestão em barreiras, diques e casas de bombas que deveriam proteger a cidade.
Assim, os bairros Mathias Velho e Rio Branco foram alguns dos mais afetados. Segundo os pesquisadores, brechas em diques rebaixados e estruturas abaixo da cota de segurança contribuíram diretamente para a entrada de água. Em Mathias Velho, rebaixamentos para acesso de veículos criaram pontos vulneráveis que aceleraram a inundação.
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Além disso, no bairro Rio Branco, construíram os diques com até 1,5 metro abaixo do previsto, o que facilitou o transbordamento do Rio dos Sinos.
Além disso, o estudo detalhou a falta de manutenção adequada e de equipamentos básicos, como comportas para bloquear a passagem da água em momentos críticos. A gestão ineficiente das barreiras também contribuiu para que Canoas não evitasse danos em áreas que deveriam estar protegidas.
Falhas em diques agravou enchente em Canoas, aponta estudo: soluções
Os especialistas alertam que a solução exige investimentos imediatos na elevação e recomposição dos diques, além da instalação de dispositivos como válvulas antirrefluxo. “As falhas identificadas não só comprometeram a segurança da população, mas expuseram uma necessidade urgente de planejamento e manutenção contínuos”, afirmou um dos autores do estudo.
Municípios como São Leopoldo, Novo Hamburgo e Porto Alegre enfrentaram desafios semelhantes, mas Canoas, por sua localização e vulnerabilidades, destacou-se como um dos casos mais graves. O estudo foi aceito para publicação na Revista Brasileira de Recursos Hídricos e reforça a necessidade de medidas preventivas para evitar tragédias futuras.