Um artigo publicado na revista Veja Saúde, alerta a relação entre alimentos superprocessados com um maior risco de câncer. O estudo foi realizado pelo Dr. Victor Piana de Andrade, CEO do A.C.Camargo, Liane Brescovici Nunes de Matos, head da Nutrologia, e Thais Manfrinato Miola, nutricionista.
De acordo com o artigo, atualmente, os hábitos alimentares têm sofrido uma grande alteração em comparação com a vida dos nossos pais.
“Antes, a alimentação era baseada em alimentos frescos, preparados em casa, com frutas, vegetais e cereais, hoje a rotina acelerada e as profissões sedentárias têm levado as pessoas a optar por conveniência”, explica o artigo.
Além disso, o texto aponta também que a escassez de tempo para preparar refeições saudáveis faz com que muitas pessoas recorram aos alimentos ultraprocessados.
“Conhecidos pela facilidade e rapidez no preparo. Porém, esses alimentos, além de pouco nutritivos, estão diretamente relacionados a diversos problemas de saúde, incluindo o aumento do risco de câncer.
O que são os alimentos ultraprocessados
A indústria fabrica alimentos ultraprocessados, que contêm ingredientes não presentes em alimentos naturais, como óleos, amidos e açúcares, além de aditivos como corantes e conservantes.
Esses produtos são feitos para ser saborosos e durar mais tempo, mas, por sua composição, podem prejudicar a saúde. Eles são ricos em calorias, mas pobres em nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e fibras.
A facilidade e a acessibilidade desses alimentos explicam o aumento no consumo, especialmente em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, por exemplo, mais de 50% da ingestão calórica diária provém de alimentos ultraprocessados. Isso ocorre principalmente devido à falta de tempo para cozinhar, aos preços elevados dos alimentos frescos e à publicidade que promove esses produtos como práticos e saborosos.
Além disso, o estudo revelou que, a cada 10% a mais de ultraprocessados consumidos, a mortalidade por câncer aumentava em 6%, sendo especialmente grave para o câncer de mama (16%) e ovário (30%). Isso confirma que os alimentos ultraprocessados têm impacto direto na saúde, promovendo o desenvolvimento de células cancerígenas.
Para além do câncer
Esses alimentos também estão fortemente ligados à obesidade, outro fator de risco para o câncer. O excesso de calorias provenientes de gorduras e açúcares nos ultraprocessados aumenta o risco de obesidade. Que por sua vez, está diretamente associado ao desenvolvimento de câncer, especialmente de cólon, fígado, estômago e pâncreas.
O artigo ainda destaca que, além da alimentação, o estilo de vida também desempenha um papel crucial na prevenção do câncer. Tendo o sedentarismo, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool como outros fatores que aumentam o risco de desenvolver a câncer.
É importante ressaltar que este texto não substitui a orientação médica especializada. Ao notar alterações no seu corpo ou em sua saúde, é fundamental procurar um médico para avaliação e diagnóstico adequado.
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