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Canoas
21 de dezembro de 2024

Acusados de matar líder de facção em penitenciária de Canoas são denunciados pelo crime

Ministério Público indicia presos por morte de criminoso dentro de penitenciária em Canoas; Veja mais detalhes na reportagem a seguir

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou, na última quinta-feira (19), dois apenados pelo assassinato de Jackson Peixoto Rodrigues, de 41 anos, conhecido como Nego Jackson, em Canoas. O crime ocorreu dentro da Penitenciária Estadual de Canoas 3 (PECAN 3) no dia 23 de novembro deste ano.

Investigadores apontaram que a vítima, identificada como líder de uma facção criminosa, foi morta por membros de uma organização rival. Após o homicídio, as autoridades transferiram um dos acusados para uma penitenciária federal.

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Líder de facção morto a tiros dentro da Penitenciária de Canoas

Jackson Peixoto Rodrigues de 41 anos morreu atingido pelos disparos realizados por outro detento dentro da Penitenciária Estadual de Canoas (PECAN) 3. O caso ocorreu no dia 23 de novembro. 

O criminoso é conhecido como Nego Jackson. Atualmente, ele é líder de uma facção criminosa que atua em Canoas e em outras cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre. 

De acordo com a Superintendência de Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul (SUSEPE), o ataque a tiros teria ocorrido durante a triagem dos detentos. 

Baleado, o criminoso chegou a ser encaminhado para atendimento médico em um hospital da Região Metropolitana. Porém, ele não resistiu aos ferimentos. 

Preso escreveu carta antes do crime

Jackson, escreveu uma carta um dia antes de ser morto a tiros dentro da Penitenciária de Canoas 3 (PECAN 3). No documento, ele pediu para ser transferido para “evitar uma tragédia como nunca ocorrera no sistema penitenciário gaúcho”.

O Governo do Estado confirmou a existência da carta. O funcionário que recebeu a carta por Jackson está entre os cinco servidores afastados pelo Palácio Piratini.

No documento, Jackson relata que estava separado apenas por uma portinhola de outros apenados que integram organizações criminosas rivais a dele. “O requerente informa que não tem compatibilidade de permanecer em galerias que contenham integrantes da facção Bala na Cara”, disse Rodrigues em carta escrita de próprio punho, mas em terceira pessoa.

Além disso, o preso alertou para o risco de entradas de armas no Complexo Penitenciário de Canoas. Logo após, ele pediu, novamente, transferência para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC).

Por fim, na carta, Jackson disse só querer “cumprir seu tempo de pena sem nenhuma alteração no percurso, porém não quer virar uma vítima do Estado, que está subestimando em colocar inimigos de grande rivalidade no mesmo espaço físico, separados apenas por uma portinhola”.

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