Você sabia que parada cardíaca e infarto agudo do miocárdio não são a mesma coisa? Embora ambos possam ser fatais, eles se manifestam de maneiras distintas e exigem intervenções específicas.
A parada cardíaca ocorre quando há uma falha no sistema elétrico do coração, resultando em batimentos irregulares que levam à parada do órgão. Esse colapso impede o bombeamento de sangue para o corpo, causando perda imediata de consciência e interrupção da respiração, o que pode levar à morte rapidamente.
Já no infarto agudo do miocárdio, uma artéria coronariana – responsável por irrigar o músculo do coração – é bloqueada por um coágulo formado a partir de uma placa de gordura. Com a obstrução, o tecido cardíaco não recebe oxigênio, o que pode causar a morte celular e, dependendo da gravidade, resultar também em óbito.
Segundo o cardiologista Alexandre Scotti, da Emergência Cardiológica 24h do Hospital Badim, o infarto é a principal causa da parada cardíaca, mas outros fatores, como embolia pulmonar, insuficiência cardíaca e arritmias, também podem ser responsáveis. Por isso, entender os sinais e agir rapidamente é fundamental para salvar vidas.
Sintomas: como identificar e diferenciar
Os sintomas da parada cardíaca são imediatos e graves: a vítima perde a consciência, não responde e para de respirar. Em contraste, os sinais de um infarto se manifestam de maneira mais gradual e podem durar horas ou até dias.
Os principais sintomas incluem dor e desconforto no peito, dor nos membros superiores, suor excessivo e náuseas. Importante notar que, no infarto, o coração não necessariamente para de bater, o que pode confundir muitas pessoas.
Prevenção e tratamento
Embora nem sempre seja possível evitar a parada cardíaca, adotar um estilo de vida saudável pode reduzir significativamente o risco. Evitar o estresse e controlar fatores como tabagismo, diabetes, hipertensão e colesterol alto, além de praticar atividades físicas, são passos fundamentais para prevenir doenças cardiovasculares.
No caso do infarto, manter bons hábitos também é essencial para a prevenção. Assim, caso ocorra, o tratamento mais moderno é o cateterismo, um procedimento minimamente invasivo que remove a obstrução da artéria coronariana.
“Quando um paciente chega à nossa Emergência Cardiológica com quadro suspeito ou confirmado de infarto, ele é encaminhado rapidamente para cateterismo de urgência, o que aumenta as chances de recuperação”, destaca Scotti.
É importante ressaltar que este texto não substitui a orientação médica especializada. Por isso, ao notar alterações no seu corpo ou em sua saúde, é fundamental procurar um médico para avaliação e diagnóstico adequado.
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