O caso das três mulheres que morreram após comerem um bolo em uma confraternização em Torres, no Litoral Norte do Estado, ganhou novos detalhes e segue sendo investigado. As vítimas, naturais de Canoas, estavam na cidade devido à enchente que afetou a região em maio deste ano.
Agora, a Polícia Civil investiga o que pode ter causado as mortes.
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O que se sabe sobre o caso das mulheres de Canoas que morreram após comer bolo: vítimas da tragédia
As três vítimas fatais, todas mulheres da mesma família, são Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, e Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 43 anos. Maida Berenice era professora aposentada e atuou na rede municipal de Canoas até 2020, quando se aposentou.
Ela, assim como as demais vítimas, morreu após consumir o bolo na última segunda-feira (23).
Neuza, a mãe de Tatiana, foi a última a falecer, na noite de terça-feira (24), após sofrer um choque provocado por intoxicação alimentar, confirmado pelo Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. Duas das três vítimas já foram veladas e sepultadas no cemitério São Vicente, em Canoas.
Outra está sendo velada nesta quinta-feira (26) e deverá ser sepultada no mesmo local.
Relembre o caso
A tragédia teve início quando seis membros da mesma família se sentiram mal após o café da tarde. Entre os seis, uma pessoa recebeu alta, mas duas faleceram entre a madrugada e a manhã de terça-feira (24). Com a morte de Neuza, apenas duas pessoas permanecem hospitalizadas, mas atualmente sem risco de vida: a mulher que preparou o bolo e o menino de 10 anos, neto de Neuza, que continua internado em estado estável e segue em observação no hospital de Torres.
Investigação em andamento
As investigações seguem em andamento, com a Polícia Civil analisando a possibilidade de intoxicação alimentar ou envenenamento. Ingredientes vencidos foram encontrados na casa da mulher que fez o bolo, o que levantou suspeitas de que o alimento possa ter causado a intoxicação.
A polícia também não descarta a hipótese de envenenamento.
Em um novo desdobramento, a polícia revelou que o marido da mulher que fez o bolo morreu em setembro deste ano com sintomas semelhantes aos das vítimas atuais. A investigação foi ampliada, e a exumação do corpo do homem será realizada para verificar se há alguma ligação entre as mortes.
Novos detalhes sobre o bolo e a investigação
Em um novo comunicado nesta quinta, a Polícia Civil informou que a mulher que preparou o bolo, que também foi uma das pessoas que mais consumiu o alimento, segundo os novos detalhes divulgados, está cooperando com as investigações.
Ela forneceu detalhes sobre os ingredientes usados no preparo do bolo e onde comprou os produtos, o que pode ajudar a esclarecer as causas do ocorrido.