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14 de janeiro de 2025

Mulher morre após contrair raiva humana

Uma mulher morreu após ter contraído raiva humana; Ela havia sido mordida por um macaco sagui e estava internada no hospital

No último sábado (11), uma mulher de 56 anos, residente em Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco, faleceu em decorrência das complicações da raiva humana. Ela estava internada em estado grave no Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (HUOC/UPE) após ser atacada por um sagui. Vale destacar que Pernambuco havia confirmado o caso na quarta-feira, (8), marcando o retorno da doença ao estado após oito anos sem registros.

A vítima foi mordida pelo sagui enquanto o animal se aproximava da área urbana, provavelmente em busca de abrigo devido a queimadas na região. Ela deu entrada na unidade de saúde em 31 de dezembro, apresentando sintomas iniciais como dormência, fraqueza e dores que se espalhavam pelo corpo. A confirmação da infecção foi divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES) no dia 9 de janeiro.

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O Instituto Pasteur, localizado em São Paulo, confirmou que o vírus identificado era de origem silvestre, proveniente de um primata não-humano, o sagui. Em uma nota, a Vigilância Ambiental alertou a população sobre os riscos, enfatizando que animais silvestres, como os saguis, não recebem vacinação contra a raiva, o que aumenta o perigo para os seres humanos.

Eduardo Bezerra, diretor-geral de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Pernambuco, ressaltou que, apesar de o estado não registrar casos de raiva humana há muitos anos, o vírus ainda circula entre os animais silvestres. “Esses animais, diferentes dos domésticos, não são vacinados contra a doença”, explicou.

Entre 2010 e 2024, o Brasil registrou 48 casos de raiva humana. Destes, 9 foram causados por mordidas de cães, 24 por morcegos, 6 por primatas não-humanos, 2 por raposas, 4 por felinos e 1 por bovino.

Mulher morre após contrair raiva humana: evolução do quadro clínico

Após o atendimento inicial em 31 de dezembro, o quadro da paciente piorou rapidamente. Em 2 de janeiro, ela apresentou sintomas neurológicos graves, como agitação e insuficiência respiratória, necessitando de ventilação mecânica. Infelizmente, no sábado (11), a morte da mulher foi confirmada devido às complicações da doença.

Tratamento e prevenção

A profilaxia imediata após a exposição ao vírus é crucial para evitar a evolução da raiva. Em casos de mordidas de animais silvestres, como o sagui, a recomendação é procurar assistência médica o mais rápido possível para a aplicação da vacina antirrábica e, quando necessário, soro antirrábico.

Além disso, a vacinação de cães e gatos, que são os animais domésticos mais próximos dos seres humanos, é uma medida fundamental de prevenção. O Ministério da Saúde distribui, em todo o Brasil, os imunobiológicos necessários para o tratamento pós-exposição à raiva, incluindo vacina e soro antirrábico, garantindo assim a proteção da população.

A gravidade da doença

A raiva é uma doença viral grave e de difícil tratamento, com uma taxa de letalidade próxima de 100% uma vez que os sintomas clínicos se manifestam. O vírus se transmite principalmente por mordidas, arranhões e lambidas de animais infectados. No caso da paciente em Pernambuco, a transmissão ocorreu por meio da mordida do sagui.

O período de incubação da raiva varia entre 2 e 10 dias. Os primeiros sinais da doença incluem febre baixa, mal-estar geral, dor de cabeça, náuseas e sensação de angústia. À medida que a infecção avança, o paciente pode desenvolver sintomas mais graves, como agitação, dificuldade para engolir, paralisia e até coma.

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