Uma empresa do Rio de Janeiro, suspeita de ter vendido alimentos que ficaram submersos durante a enchente de 2024 em Canoas, foi alvo de uma operação das Polícias Civis do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Policiais prenderam o sócio da empresa durante a ofensiva na cidade de Três Rios, no Rio de Janeiro.
De acordo com informações da Polícia Civil, a investigação começou após uma denúncia realizada para a Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul. Policiais apuraram que uma empresa do Rio de Janeiro estaria vendendo produtos de uma empresa de Canoas. Porém, o comercio gaúcho teve o depósito completamente inundado durante a enchente de maio de 2024.
LEIA MAIS:
- Bolo envenenado: veja o que disse sogra de suspeita em depoimento
- Polícia encontra comprovante de compra de arsênio em celular de suspeita
- O que diz marido de mulher acusada de matar familiares com arsênio
Ao longo da investigação, a polícia apurou que a empresa de Canoas que atua com importação, exportação e distribuição de alimentos, vendeu os produtos para a empresa do Rio de Janeiro de forma legal. Os produtos eram destinados, exclusivamente, para a fabricação de ração animal ou graxarias, já que devido a contaminação pela água da enchente, estavam impróprios para o consumo.
Porém, segundo a polícia, a empresa carioca revendeu os produtos para o comércio tradicional com um enorme lucro, já que comprou da empresa gaúcha, pagando cerca de R$ 1 real o quilo.

Empresa vendeu toneladas de alimentos contaminados após enchente em Canoas
Conforme a investigação, a empresa do Rio de Janeiro vendeu 800 toneladas de alimentos impróprios para consumos. Entre os produtos, estavam carnes e outros tipos de alimentos.
Durante a ofensiva, deflagrada nesta quarta-feira (22), agentes das polícias gaúcha e fluminense, cumpriram oito mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a empresa do Rio de Janeiro. Policiais prenderam o sócio da empresa durante a operação.
Além disso, de acordo com informações apuradas pela reportagem da GBC, a empresa de Canoas não está sendo investigada.