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19 de junho de 2025

Polícia Civil descobre fábrica clandestina de cigarro; Veja marcas produzidas

A Polícia Civil estourou uma fábrica clandestina de cigarro onde eram produzidos até 150 mil maços por dia; Veja as marcas produzidas

Policiais civis de Santa Maria, em parceria com o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), desmantelaram uma fábrica clandestina de cigarros na região rural de Agudo, no centro do Rio Grande do Sul, na manhã desta quarta-feira (22). O local produzia marcas paraguaias ilegais para venda no Brasil.

Até o momento, nove pessoas foram presas durante a operação.

Sete dos presos são paraguaios, que trabalhavam sob condições análogas à escravidão, conforme apontam as investigações. Os outros dois são brasileiros, sendo um deles dono da propriedade onde a fábrica operava. Este último foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e, segundo a polícia, desempenhava o papel de segurança do local. Questionado sobre como os trabalhadores paraguaios chegaram à propriedade, ele preferiu não se manifestar.

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Os cigarros produzidos na fábrica eram das marcas paraguaias 51 e Egipt. A polícia suspeita que os responsáveis pela operação ilegal tenham se associado a um grande traficante da fronteira, na região de São Borja. Essa aliança, conforme as investigações, possibilitava o uso da rede de distribuição de cigarros para escoar drogas. Além disso, indícios apontam que cigarros estavam sendo trocados por armas e entorpecentes na Argentina.

Operação durou três meses e revelou esquema milionário

Após três meses de investigação, a polícia descobriu que a fábrica clandestina estava escondida em uma antiga beneficiadora de arroz, localizada a cerca de 10 quilômetros da RS-287. A proximidade com o Rio Jacuí facilitava o transporte dos cigarros ilegais para Porto Alegre e outras localidades, por meio de barcos.

O delegado Alencar Carraro, do Denarc, destacou que as máquinas encontradas eram capazes de produzir até 150 mil maços de cigarros por dia, o que equivale a aproximadamente 3 milhões de unidades diárias. A produção funcionava ininterruptamente, gerando um lucro estimado de R$ 300 mil por dia para a organização criminosa.

O esquema foi descoberto após os policiais identificarem veículos suspeitos ligados ao contrabando e ao tráfico de drogas frequentando o local. A investigação continua para identificar outros possíveis envolvidos e desarticular toda a rede criminosa.

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