Nas últimas semanas, internautas destacaram nas redes sociais a venda de um produto chamado “café fake”, um pó sabor café que contém folhas, paus, cevada e outros ingredientes. O produto não tem a mesma qualidade do grão tradicional e é comercializado como uma alternativa mais barata.
Porém, alguns produtos possuem semelhanças com produtos de marcas famosas, o que pode confundir o consumidor. Por isso, é preciso estar atento aos rótulos dos produtos e avaliar o preço antes de comprar.
O pó saborizado, comumente encontrado em supermercados, é identificado em pequenas letras na parte inferior das embalagens como “pó para preparo de bebida sabor café”. Esses produtos geralmente têm um custo mais baixo, girando em torno de R$ 13,99, conforme informações da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café).
Como diferenciar café do ‘café fake’
Para distinguir os grãos tradicionais do “café fake”, você deve observar alguns detalhes. Como a variedade do grão (Arábica ou Robusta, por exemplo), o grau de torra e moagem. Além do tipo de café, que classificam o produto como “único” ou “fora de tipo”.
Você pode identificar o “pó” pelas tabelas de ingredientes e pela ausência de características típicas do café. Além das menções em letras pequenas na embalagem, que indicam que o produto é apenas “sabor café”.
Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, afirmou que investiga se as autoridades podem considerar o pó uma fraude.
Por que o preço aumentou tanto?
A falta de chuvas durante o desenvolvimento das lavouras resultou no estoque baixo de grãos. Para manter as plantações, muitos produtores precisaram adotar técnicas mais caras. O aumento das temperaturas também trouxe mais pragas, elevando os custos no combate a elas.
Além disso, as exportações contribuíram para o aumento do preço do café nas prateleiras. No entanto, em dezembro de 2024, o Brasil exportou 3,8 milhões de sacas de 60 quilos. No total anual, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) registrou um volume recorde de 50,44 milhões de sacas.
Preço vai continuar a subir?
Segundo o Cepea, o ano será desafiador não apenas para a cafeicultura nacional, mas também no mundo. O preço do produto ainda pode ter reajustes. Porém, a curto prazo, não estão previstos aumentos significativos de produção e estoques, e a demanda deve continuar a crescer.
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