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18 de abril de 2025

Geração Z: qualificada, mas sem espaço no mercado de trabalho

Apesar de qualificada, geração z encontra dificukdade no mercado de trabalho

A Geração Z, composta por jovens nascidos entre 1997 a 2012, é frequentemente considerada a mais qualificada da história. Com acesso à informação desde a infância e imersos no universo digital, esses jovens são altamente capacitados, com habilidades em tecnologia, criatividade e inovação. No entanto, mesmo com todo esse potencial, muitos têm encontrado dificuldades em conseguir um lugar no mercado de trabalho.

A qualificação da geração Z

De acordo com a pesquisa “Perfil dos Jovens no Mercado de Trabalho” realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Geração Z é a mais preparada para as demandas do mercado atual.

As gerações mais novas têm investido em educação formal e cursos técnicos, com uma forte ênfase no desenvolvimento de competências digitais.

A familiaridade com novas tecnologias, como inteligência artificial, redes sociais e ferramentas de automação, coloca esses jovens à frente de outras gerações no que diz respeito à adaptação às transformações tecnológicas do mercado de trabalho.

Além disso, muitos integrantes da Geração Z também demonstram um grande interesse por questões sociais e ambientais. Buscando trabalhar em empresas que compartilhem valores como sustentabilidade e diversidade.

Esse foco em propósito no ambiente de trabalho é um dos aspectos que mais definem essa geração, que não busca apenas um emprego, mas uma missão que esteja alinhada aos seus ideais.

O desafio do mercado de trabalho

Apesar das altas qualificações, os jovens da Geração Z enfrentam um cenário difícil quando se trata de encontrar um emprego. A taxa de desemprego entre jovens brasileiros, por exemplo, continua sendo uma das mais altas do país, com muitos enfrentando a frustração de buscar trabalho e não conseguir vagas adequadas às suas expectativas e habilidades.

Estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que o desemprego entre jovens de 18 a 24 anos ainda é o dobro da média nacional.

Em muitos casos, a falta de experiência acaba sendo um obstáculo considerável, mesmo que os candidatos possuam uma qualificação acadêmica superior.

A experiência exigida pelos empregadores nem sempre está relacionada à competência técnica. Mas sim à vivência no mercado de trabalho, algo que muitos membros da Geração Z ainda não possuem.

Outro fator que agrava essa situação é a busca por um equilíbrio entre vida profissional e pessoal. A Geração Z tem se mostrado exigente quanto à flexibilidade no trabalho, como o home office e horários adaptáveis.

Muitos jovens optam por alternativas temporárias ou freelance, já que a estrutura rígida de muitas empresas tradicionais não se encaixa nas expectativas de vida dessa geração.

Fatores Econômicos e institucionais

Além dos desafios internos da Geração Z, como a busca por uma vaga que combine com suas expectativas, a economia também exerce papel fundamental na dificuldade de acesso a vagas.

A crise econômica e a alta competitividade nas grandes cidades aumentam a pressão sobre os jovens para que se destaquem em um mercado saturado.

As empresas também enfrentam dificuldades em adequar seus processos de recrutamento às novas demandas da geração. As dinâmicas de contratação, muitas vezes ultrapassadas e tradicionais, não correspondem às expectativas de rapidez e transparência exigidas por essa geração. Que está acostumada a interações mais ágeis e diretas no ambiente digital.

No entanto, o mercado de trabalho está, aos poucos, se adaptando. A tendência é que, à medida que a experiência vai sendo acumulada, as empresas comecem a perceber que o potencial da Geração Z vai muito além da experiência tradicional. E que sua visão inovadora é, na verdade, um trunfo valioso para o futuro.

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