A mãe do jovem preso por ter matado e esquartejado o padrasto em Quintão, no Litoral Norte, escreveu uma carta antes de desaparecer. No texto, escrito a mão na quinta-feira (27), ela afirmou ser usuária de cocaína e sofrer de depressão.
Além disso, declarou que tomou uma decisão porque, segundo ela, o marido a ofendia diariamente e as brigas eram constantes. Contudo, essa decisão que a mulher afirmou ter tomado, não fica clara.
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Em carta, esposa de homem morto esquartejado relata ser usuária de cocaína: filho da suspeita confessou crime
Agora, a Polícia Civil investiga se a mulher, de 47 anos, participou de fato no crime. O filho dela, de 23 anos, confessou ter matado o padrasto com uma faca e esquartejado o corpo. Os restos mortais de Milton Prestes da Silva, de 55 anos, foram encontrados carbonizados dentro de um freezer na casa onde ele morava com a suspeita.

O jovem foi preso na noite de terça-feira (4), em Gramado, na Serra, onde morava. Durante o depoimento, ele revelou que pretendia voltar ao local do crime para ocultar o cadáver.
“Ele nos disse que já estava a caminho do Balneário Quintão, mas desistiu quando viu as reportagens sobre o caso nas redes sociais. O plano dele era enterrar o padrasto usando cimento e cal. No fundo do pátio, encontramos um buraco começado”, explicou o delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, responsável pela investigação, no programa Timeline, da Rádio Gaúcha.
A versão do preso indica que ele teria matado o padrasto para proteger a mãe de supostas agressões. No entanto, a polícia não encontrou registros de violência doméstica no histórico do casal. Para os investigadores, os indícios enfraquecem essa justificativa.
O envolvimento da mãe segue sob apuração. O filho garantiu que ela não participou do crime.
“Ele afirmou que a mãe tomou remédios e dormia no momento do assassinato. No entanto, vizinhos notaram fumaça no final de semana e relataram que ela pediu uma pá emprestada a três deles. O relato do preso não condiz com as evidências. A prisão dela é fundamental para a investigação”, destacou Ractz.
A mulher não foi encontrada até o momento. A Polícia Civil solicitou à Justiça a prisão preventiva dela. Durante as buscas, a Brigada Militar localizou um Gol que teria sido usado na fuga. No porta-malas, os agentes encontraram um serrote, uma corda e restos de carvão.
Enquanto isso, o enteado de Milton segue preso preventivamente na Penitenciária Modulada Estadual de Osório. Segundo a Polícia Civil, ele já tinha diversos antecedentes criminais, a maioria relacionada ao tráfico de drogas.