O Caso Vitória segue sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo. O inquérito que apura o assassinato da adolescente de 17 anos (saiba mais abaixo) teve novo desdobramento.
Conforme noticiado pelo programa Fantástico, da TV Globo, após análise do celular de um dos principais suspeitos do crime brutal, os policiais identificam que o suspeito agia como um stalker obsessivo. Preso desde o dia 8 de março, Maicol Sales dos Santos, acompanhava cada passo da adolescente nas redes sociais, desde 2024.
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De acordo com relatório da perícia, o suspeito teria visto a postagem da vítima nas redes sociais, uma foto onde mostra o ponto de ônibus em que ela estava, às 01h06 do dia 27 de fevereiro, cerca de 20 minutos antes de a jovem descer do coletivo no bairro onde morava.
No celular do suspeito também foram encontradas outras fotos de Vitória e de outras adolescentes com tipo físico muito parecidos com o da vítima, o que indica que Maicol estava obcecado pela jovem. A informação também indica que o suspeito tenha agido sozinho, e de que ele tenha acompanhado a rotina da vítima, como um stalker, por meses antes da morte dela. Também foram encontradas fotos de faca e revólver no celular de Maicol.
Outros indícios reforçam suspeita no caso Vitória
Maicol Sales dos Santos é dono do Toyota Corolla, que foi visto na cena do crime, no qual foi encontrado sangue no porta-malas. O material foi encaminhado para o exame de DNA.
Testemunhas ouvidas durante a investigação informaram uma movimentação incomum na residência de Maicol. Na data do desaparecimento da jovem, houve um fluxo anormal do veículo na garagem.
Relembre o caso Vitória
Vitória Regina desapareceu no dia 26 de fevereiro. Ela saiu do shopping onde trabalhava, pegou um ônibus e seguiu para casa. Nesse momento, ela mandou a seguinte mensagem para uma amiga.
“Tem uns dois meninos aqui do meu lado. Estou com medo.”
Após desembarcar do coletivo, a jovem teria que caminhar quase 1 km até chegar em casa. Conforme apurado pela polícia, normalmente, o trajeto ela faria com o pai, que buscaria ela de carro. Porém, nesse dia, ele informou que o veículo estava estragado. Às 0h30, Vitória encaminhou a última mensagem para a amiga.
“Passou uns caras em um carro e eles falaram: ‘E aí, vida, está voltando?’. Ai, meu Deus do céu. Vou chorar. Vou ficar mexendo no meu celular. Não vou nem olhar para eles. Ai, Jesus do céu, eles entraram para dentro da favela”.
Por fim, policiais encontraram o corpo de Vitória em uma área de mata, uma semana após o desaparecimento. Morta a facadas, os peritos também avaliaram que os autores do crime torturaram a adolescente. Ela foi degolada e também teve a cabeça raspada.