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02 de abril de 2025

Polícia prende pais acusados de matar bebê de 1 ano

Os criminosos haviam sido soltos em fevereiro, após decisão de primeira instância, na qual a magistrada considerou que a morte resultou de maus-tratos

Os pais acusados de matar um bebê de um ano e oito meses em abril de 2024, em Porto Alegre, foram novamente presos na noite do último domingo (30) após serem encontrados em Gravataí. Eles estavam foragidos desde 11 de março.

Os criminosos respondem ao processo judicial de forma preventiva. No entanto, no dia 28 de fevereiro deste ano, a Justiça os soltou após uma nova decisão que desclassificou o crime de homicídio para maus-tratos com resultado morte e revogou a prisão, pois eles também são réus primários.

No entanto, logo após o carnaval, a promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari, responsável pela denúncia, ingressou com recurso e medida cautelar a fim de garantir a decisão de forma provisória – no Tribunal de Justiça do Estado (TJRS).

No dia 11 deste mês, a 1ª Câmara Criminal emitiu uma nova decisão determinando a prisão dos acusados. Desde então, o GAECO realizou buscas até capturar os criminosos. A operação realizada neste domingo contou com o apoio da Agência Regional de Inteligência do 17° Batalhão da Brigada Militar, de Gravataí, além de policiais militares da Serra.

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A bebê faleceu no dia 27 de março de 2024, após os avós a levarem à Unidade de Pronto Atendimento da Lomba do Pinheiro. Os médicos a transferiram para o Hospital Conceição, onde confirmaram a morte da bebê por “hemorragia encefálica por traumatismo craniano”, causada pela “síndrome do bebê sacudido”.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), a criança apresentava outras lesões decorrentes de tortura no braço direito, no rosto e nos pés, além de bolsões de sangue nos olhos.

Lia Miriã nasceu em julho de 2022, no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre. Logo após nascer, a bebê foi encaminhada para um abrigo institucional devido à prematuridade, ao baixo peso e ao histórico de violência na família. Ela permaneceu afastada da família por mais de um ano.

Em setembro de 2023, após a família ser acompanhada por equipes de assistência social, a menina retornou ao convívio dos pais.

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