O norte-americano Gary Buesnel, de 59 anos, morreu de câncer de pâncreas em maio de 2020, apenas 10 semanas depois de receber o diagnóstico. Durante cerca de um ano antes disso, ele sentiu dores abdominais e perdeu o apetite, mas os médicos atribuíram os sintomas a condições menos graves, como hérnia ou cálculos biliares.
Segundo a filha, Leah Buesnel, os médicos minimizaram repetidamente os sinais que o pai apresentava e atrasaram um diagnóstico que poderia ter feito diferença no tratamento. “Esses deveriam ter sido sinais de alerta, mas, em vez disso, os médicos continuaram dizendo que ele estava bem”, contou Leah ao jornal britânico The Sun.
O diagnóstico correto veio apenas em março de 2020, quando Gary começou a sentir dores insuportáveis e exames mais aprofundados revelaram uma lesão no fígado, causada por um câncer de pâncreas em estágio 4 com metástase. Pouco depois, ele foi informado de que teria entre 8 e 12 semanas de vida sem tratamento.
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Mesmo após uma cirurgia para desobstruir o ducto biliar e uma sessão de quimioterapia, a saúde de Gary deteriorou rapidamente. Ele passou as últimas semanas de vida no hospital, sob cuidados paliativos.
“Achei que ele ia se recuperar. Ele comeu uma barra de chocolate, parecia bem. Mas não ficou”, lembra Leah, emocionada. Gary morreu em 15 de maio de 2020, um mês antes de completar 60 anos.
Agora, cinco anos depois, Leah luta para que outras pessoas não ignorem sintomas que parecem inofensivos. “Minha mensagem é: gritem mais alto. Se você sente que algo está errado, continue insistindo ou procure uma segunda opinião”, alertou.
Câncer de pâncreas: o inimigo silencioso
O câncer de pâncreas é conhecido por sua agressividade e dificuldade de diagnóstico precoce. Muitas vezes, os sintomas iniciais são confundidos com distúrbios gastrointestinais comuns, como refluxo, hérnias ou problemas na vesícula biliar.
Entre os sintomas mais comuns estão:
- Dores abdominais ou nas costas
- Icterícia (pele e olhos amarelados)
- Perda de peso sem motivo aparente
- Alterações nas fezes
- Perda de apetite e indigestão
O diagnóstico tardio limita as opções de tratamento, tornando o prognóstico menos favorável. Quando a cirurgia não é viável, recorre-se a quimioterapia e radioterapia, geralmente com o objetivo de controlar sintomas e melhorar a qualidade de vida.
A importância de ouvir o corpo
A história de Gary Buesnel é um lembrete duro sobre a importância de ouvir o corpo e buscar avaliações médicas criteriosas, mesmo diante de sintomas aparentemente banais. Casos como o dele reforçam a necessidade de uma escuta ativa por parte dos profissionais de saúde e incentivam os pacientes a não aceitarem diagnósticos sem o devido aprofundamento.