Criança de 5 anos é diagnosticada com tumor no cérebro após sentir dor ao espirrar

Tumor é considerado rara e representa 1% de todos os tumores cerebrais

Uma criança de cinco anos, chamada Rosie Hassall, do Reino Unido, teve o diagnóstico de tumor cerebral raríssimo confirmado perto do Natal de 2024. Os sintomas? Intensas dores de cabeça que causavam até ao rir e problemas nos olhos, exames revelaram um glioma bitalâmico pediátrico inoperável — a expectativa de vida da pequena é de apenas 12 meses.

Sinais incomuns

Após perceberem sinais incomuns em novembro de 2024, os pais de Rosie, Charlotte e Stefan, decidiram levá-la ao médico. A princípio, os profissionais de saúde atribuíram os sintomas da menina a crises de enxaqueca, um problema recorrente na família.

No entanto, as dores de cabeça se intensificaram a ponto de a criança sentir desconforto ao rir, chorar ou espirrar. Preocupados com a evolução do quadro, os pais procuraram um oftalmologista. O exame ocular indicou uma possível lesão nervosa no olho esquerdo, levando os médicos a solicitarem uma ressonância magnética. Três dias antes do Natal, o exame revelou a presença de um tumor cerebral de grandes proporções e extremamente raro.

Exame confirmou tumor cerebral raro em criança

Posteriormente, uma biópsia confirmou que o tumor era maligno, inoperável e de rápido crescimento. Os médicos estimaram que a massa teria se desenvolvido em questão de dias ou poucas semanas.

A notícia foi ainda mais devastadora com a informação de que a expectativa média de vida para esse tipo de câncer variava entre nove e doze meses. A condição é tão incomum que nem mesmo os especialistas conseguiam fazer previsões precisas.

“Na época, questionei o diagnóstico. Disse que eles estavam errados, porque só haviam feito um exame. Não podiam concluir algo tão sério assim”, relembra a mãe de Rosie em entrevista ao jornal The Sun.

Diante da incerteza, os pais insistiram em realizar uma nova ressonância magnética, dessa vez com contraste – técnica que permite visualizar com mais clareza os tecidos e vasos sanguíneos. Em 26 de janeiro, a família recebeu o diagnóstico definitivo: Rosie tinha um tipo raríssimo de câncer cerebral.

Entenda o glioma bitalâmico pediátrico

O tumor identificado em Rosie é um glioma bitalâmico pediátrico, um câncer que se forma a partir das células gliais no tálamo – região do cérebro responsável por processar estímulos sensoriais. Embora raro, esse tipo de tumor pode provocar dores de cabeça, problemas de visão e mudanças no comportamento.

Segundo a organização Brain Tumour Research, os gliomas bitalâmicos representam menos de 1% de todos os tumores cerebrais. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia, mas o prognóstico varia conforme a localização, o grau de agressividade e a resposta ao tratamento.

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