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18 de maio de 2025

Advogado gaúcho é preso por cometer crimes usando nome de pessoas mortas

Na última quinta-feira (15), um advogado gaúcho foi preso por cometer crimes usando nome de pessoas mortas.

O homem, que é advogado, encontrava-se foragido desde o dia 8 de maio de 2025, data em que a operação foi deflagrada.

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da 2ª Delegacia de Polícia Distrital de Porto Alegre, prendeu o advogado nesta quinta-feira (15), em Dourados (MS).

Advogado gaúcho é preso por cometer crimes usando nome de pessoas mortas

A Polícia realizou a Operação Malus Doctor, e o principal investigado era um advogado gaúcho que cometia crimes usando o nome de pessoas mortas. Ele estava foragido desde o dia 8 de maio deste ano.

Segundo informações preliminares, o advogado estava no estado de São Paulo no dia da operação. A partir de investigações, a Polícia localizou o homem em Dourados (MS), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A Operação Malus Doctor tem o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes processuais contra instituições financeiras em todo o país.

Foram cumpridas 74 ordens judiciais, entre elas: 35 mandados de busca e apreensão, 9 ordens de suspensão do exercício da advocacia, quebras de sigilo bancário e fiscal, além de medidas cautelares diversas.

Também foi determinado o bloqueio de até 50 milhões de reais em bens móveis, imóveis e ativos financeiros. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Porto Alegre, Glorinha e Xangri-Lá.

O advogado gaúcho, principal investigado, é responsável por, aproximadamente, 47% de todas as ações movidas contra instituições bancárias na Justiça do Rio Grande do Sul, sendo o quinto maior litigante do estado.

Esquema criminoso

Os investigados se aproveitavam da situação de vulnerabilidade das vítimas, oferecendo serviços de revisão judicial de empréstimos consignados supostamente abusivos. Os serviços eram prestados mediante o pagamento de 30% de honorários sobre os valores “recuperados”.

Com a documentação das vítimas, os criminosos ajuizavam ações revisionais contra instituições financeiras.

Os clientes recebiam valores em suas contas, acreditando serem oriundos das ações, e repassavam parte à empresa. Contudo, os depósitos eram provenientes de novos empréstimos contratados sem o consentimento dos titulares.

Também foram ajuizadas ações em nome de pessoas já falecidas. Verificou-se que a procuração apresentada nos autos continha uma assinatura datada meses após o óbito da suposta outorgante. O documento foi utilizado para dar seguimento à execução de sentença e ao consequente levantamento de valores.

14 pessoas são investigadas por participação no esquema criminoso.

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