Mais de 10 milhões de ovos foram destruídos em um incubatório do Paraná após a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) rastrear uma remessa de 12 mil ovos vindos do Rio Grande do Sul, estado que confirmou o primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).
A ação segue os protocolos nacionais de prevenção e busca evitar qualquer chance de disseminação do vírus.
A eliminação dos ovos começou na última sexta-feira (16) e deve terminar nesta segunda (19), conforme confirmou a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).
LEIA MAIS:
- Vítimas da enchente poderão receber auxílio por dois anos
- Saiba como ver se você foi vítima de descontos indevidos no INSS
- Atingidos pela enchente ainda podem ter direito a auxilio de 2,5 mil; consulte CPF
Embora os ovos não apresentassem sinais de contaminação, a Adapar optou pela destruição como medida preventiva. Segundo o Ministério da Agricultura, esses ovos não são destinados ao consumo humano, mas sim para gerar novas aves. O órgão ainda reforçou que a gripe aviária não se transmite pelo consumo de carne ou ovos, já que o cozimento elimina o vírus completamente.
Além do Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul também adotaram ações semelhantes.

Mais de 10 milhões de ovos são destruídos após foco de gripe aviária: Paraná lidera produção de frango e adota medidas rigorosas
O Paraná, por ser o maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil, vem reforçando medidas rigorosas de biosseguridade. A Adapar emitiu alertas para os produtores, orientando sobre verificação das telas de proteção, restrição de acesso a granjas e desinfecção de calçados, roupas e veículos.
Essas ações visam garantir que o setor avícola continue operando sem risco sanitário e com confiança dos compradores internacionais.
Países suspendem compra de frango brasileiro por precaução
Após o registro da gripe aviária no Brasil, China, União Europeia, Argentina, Uruguai, Chile e México suspenderam as importações de carne de frango como medida de precaução. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, esses países temem a possível chegada de carcaças contaminadas, o que poderia infectar aves vivas em granjas locais.
Fávaro reforçou que o risco não está no consumo humano, e sim na possibilidade de contaminação dos plantéis comerciais. “O processo de cozimento elimina por completo o vírus”, destacou ele, ao explicar que o consumidor não corre riscos, especialmente porque já não se deve consumir carne ou ovos crus, por conta de outras doenças, como a salmonella.