A Justiça do Ceará condenou, na última quinta-feira (29), a enfermeira Nara Priscila Carneiro a 28 anos de prisão. Segundo o júri, ela matou o amante com uma injeção letal dentro de um hospital particular em Fortaleza.
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O caso ganhou repercussão nacional após o Ministério Público revelar que a mulher estava grávida da vítima, o também enfermeiro Ramam Cavalcante Dantas, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal.

Enfermeira mata amante com injeção em hospital: motivação
Conforme a acusação, Nara não queria que Ramam assumisse a paternidade da criança, pois temia que o caso amoroso arruinasse o casamento dela. Ambos trabalhavam no mesmo hospital. Ela supervisionava a Unidade de Cuidados Especiais (UCE) e ele era supervisor de atendimento.
A injeção letal foi aplicada por volta das 16h30 de um dia aparentemente comum. Inicialmente, a suspeita era de suicídio. No entanto, a investigação revelou um plano frio e premeditado.
Câmeras, chave e DNA ligaram enfermeira ao crime
As imagens das câmeras de segurança mostraram que apenas Nara e Ramam entraram na sala onde ele foi encontrado. No entanto, apenas a enfermeira saiu do local.
Além disso, testemunhas relataram que a chave da sala ficava na gaveta da própria Nara, e somente ela tinha acesso aos medicamentos utilizados na morte da vítima. Um laudo de DNA também detectou material genético feminino no frasco de cloreto de potássio.
Impedida de exercer a profissão por 30 anos
Após a condenação, o Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE) decidiu proibir Nara de exercer a profissão por 30 anos. A decisão foi baseada em diversos artigos do Código de Ética da Enfermagem, entre eles:
- Praticar crime ou contravenção penal;
- Ser conivente com qualquer forma de violência;
- Executar atos contrários às normas da profissão.
A Justiça classificou a atitude da ré como premeditada, calculada e motivada por medo de exposição.