Uma nova variante da Covid-19, chamada NB.1.8.1, está se espalhando rapidamente por diversos países. Detectada em 22 de janeiro de 2025, na China, a subvariante já circula em nações como Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Tailândia, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Apesar da disseminação global, especialistas afirmam que não há motivo para pânico neste momento.
“A NB.1.8.1 ainda não é motivo de preocupação. Ela deriva da variante Ômicron e o mais importante é manter o calendário vacinal em dia, especialmente diante da alta circulação de vírus respiratórios”, explica o virologista Fernando Spilki, professor da Universidade Feevale (RS).
Como a variante da Covid NB.1.8.1 está se espalhando
A NB.1.8.1 é uma subvariante da linhagem recombinante XDV.1.5.1. Segundo a OMS, ela apresenta mutações na proteína Spike, que podem aumentar o potencial de transmissão e dificultar a neutralização por anticorpos. Mesmo assim, a agência de saúde classificou a ameaça global da cepa como baixa.
No Brasil, ainda não há confirmação oficial da presença da NB.1.8.1. Segundo Spilki, isso ocorre principalmente por causa da baixa capacidade de sequenciamento genético no país, já que a maioria dos testes é rápida e não permite análise aprofundada.
“Mesmo sem confirmação, é possível que ela já esteja circulando no Brasil devido ao tráfego internacional intenso”, afirma o virologista.
Quais são os sintomas da nova variante?
Até agora, os sintomas da NB.1.8.1 são semelhantes aos de outras subvariantes da Ômicron. Os mais relatados incluem:
- Coriza
- Tosse
- Dor de cabeça
- Dor de garganta
- Insônia
- Ansiedade
Um dos diferenciais da Covid-19 leve, em comparação à gripe, é a ausência de febre na maioria dos casos.
Diferenças genéticas
De acordo com dados da OMS, a NB.1.8.1 possui três mutações principais:
- Mutação na posição 445: pode aumentar a transmissão
- Mutação na posição 435: pode dificultar a neutralização por anticorpos
- Mutação na posição 478: pode favorecer a evasão imunológica
Apesar dessas alterações, as vacinas continuam eficazes contra sintomas graves e hospitalizações, segundo a organização.
O que diz a OMS?
A Organização Mundial da Saúde declarou a NB.1.8.1 como uma “variante sob monitoramento“. Isso significa que ela está sendo acompanhada de perto devido ao seu crescimento, mas ainda não representa ameaça significativa à saúde global.
“As vacinas atualmente aprovadas devem continuar eficazes contra a NB.1.8.1, inclusive para casos sintomáticos e graves”, informou a OMS em comunicado.
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