A Ucrânia, em novo ataque, voltou a atingir a estratégica ponte do Estreito de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia, na madrugada desta terça-feira (3), em mais um capítulo intenso do conflito. Este foi o terceiro ataque desde o início da guerra e ocorreu dois dias após uma ofensiva surpresa contra bases aéreas russas, incluindo instalações na Sibéria.
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Segundo o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), agentes ucranianos plantaram explosivos subaquáticos durante meses até conseguirem detonar a carga de 1.100 kg de TNT. “Hoje, às 4h44, sem vítimas civis, o primeiro dispositivo explosivo foi detonado”, afirmou a SBU em nota oficial. O vídeo da explosão, divulgado pela própria agência, mostra o momento do impacto sob a ponte. (Veja abaixo)
🚨 GUERRA SEM FIM | Ucrânia explode ponte estratégica que liga a Crimeia à Rússia em novo ataque ousado. Veja o vídeo e entenda o impacto: https://t.co/JtKJbjhKuM #Ucrânia #Crimeia #Rússia #GuerraUcraniaRússia pic.twitter.com/9bBKn72OfZ
— Agência GBC (@AgenciaGBC) June 4, 2025

Filmagens verificadas pelo The New York Times indicam que a explosão aconteceu em uma das bases submersas da ponte. Apesar disso, ainda não está clara a extensão total dos danos. Uma das imagens divulgadas mostra corrimões retorcidos e partes da estrutura afetadas.
O tráfego na ponte foi suspenso por três horas logo após a explosão. Mais tarde, uma nova interrupção de duas horas foi registrada, de acordo com o canal do Telegram que monitora a operação da ponte. No entanto, o tráfego foi restabelecido no final da tarde.
Ucrânia explode ponte que liga Crimeia à Rússia: Rússia alega ter interceptado drone submarino
Do lado russo, um blog militar ligado a ex-integrantes do exército afirmou que a ponte foi alvo de um drone submarino ucraniano. No entanto, segundo eles, o ataque teria atingido apenas uma barreira defensiva próxima a um dos pilares. Detritos chegaram a cair sobre a estrada, mas os danos teriam sido limitados.
A Ponte da Crimeia é vital para o transporte de suprimentos militares russos rumo ao sul da Ucrânia. Inaugurada em 2018 por Vladimir Putin, ela também possui grande valor simbólico para o Kremlin.
Essa não é a primeira vez que a ponte é alvo. Em outubro de 2022, um caminhão-bomba causou uma grande explosão, que destruiu parte da via. Em julho de 2023, drones navais voltaram a atingir os pilares. Após cada ataque, as forças russas reforçaram a defesa da estrutura com barreiras subaquáticas e sistemas antimísseis.
Ofensiva coordenada em múltiplas frentes
O novo ataque Ucrânia ponte Crimeia ocorre em meio a uma das maiores ofensivas coordenadas da Ucrânia desde o início da guerra. No domingo (1º), bombardeios atingiram diversas bases aéreas russas, inclusive na Sibéria. Kiev alegou ter danificado cerca de 40 bombardeiros estratégicos, o que representaria um terço da frota desse tipo da Rússia. Moscou, porém, minimizou os danos.
Ainda na terça, mísseis russos atingiram Sumi, no nordeste da Ucrânia, matando pelo menos três pessoas e ferindo outras 25. Segundo autoridades, um dos foguetes não detonados ficou preso em um apartamento de um prédio de nove andares.
Apesar das vitórias simbólicas, analistas afirmam que os ataques não mudam, por si só, a dinâmica da guerra. No entanto, eles escancaram a vulnerabilidade das forças russas — mesmo com superioridade em efetivo e equipamentos.
Enquanto a guerra continua, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski voltou a cobrar uma ação global mais firme. “Sem pressão internacional, Putin não aceitará nem mesmo um cessar-fogo”, disse ele em comunicado oficial.