Um grupo criminoso que atua em Canoas foi alvo da Operação Cifra Oculta, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (5). A ação que teve o objetivo de desarticular a organização criminosa que pratica extorsão mediante secreto é resultado de uma investigação da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos do DEIC com o apoio da Delegacia de Polícia de Esteio.
Conforme a Polícia Civil, quatro criminosos foram presos durante a ofensiva. Além disso, os policiais também apreenderam uma arma de fogo e celulares durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em Esteio, Sapucaia do Sul e Torres.
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Operação Cifra Oculta: saiba mais sobre a operação
De acordo com a investigação, o grupo costuma causar terror e insegurança em integrantes da comunidade colombiana que vive em Canoas. Conforme a delegada Isadora Galian, que coordenou a ação, os policiais apuraram uma série de crimes violentos praticados pela organização criminosa. Em todos os casos, eles agem com extrema crueldade e planejamento.
“O primeiro caso investigado aconteceu em 7 de março deste ano, quando um motoboy, de 32 anos, foi brutalmente sequestrado em Sapucaia do Sul, enquanto realizava uma cobrança na cidade. No crime, a vítima foi agredida e foi mantida acorrentada em um cativeiro. Os criminosos pediram valores de R$ 30 mil a R$ 50 mil para libertá-lo. Depois de efetuar transferências de R$ 2 mil, o motoboy foi liberado”, conta a delegada.

Em outro caso, o grupo criminoso sequestrou a família inteira de um empresário em Canoas. Com o crime, a quadrilha conseguiu extorquir R$ 200 mil dos familiares da vítima.
“A investigação revelou ainda que a organização possui uma estrutura bem definida, com divisão clara de funções entre seus membros. Alguns são responsáveis pela abordagem e contenção das vítimas, outros pela vigilância do cativeiro, e há ainda aqueles especializados nas negociações e no recebimento dos valores extorquidos. O grupo demonstra alto grau de planejamento, selecionando previamente vítimas com poder aquisitivo e utilizando tecnologia moderna, como aplicativos de mensagens e transferências eletrônicas, para consumar os crimes”, detalha a delegada.