A Polícia Civil prendeu um hacker em Canoas, na última quinta-feira (5), durante uma operação contra um grupo que invadiu sistemas judiciais em vários estados do Brasil. O homem, segundo os investigadores, adulterava processos e falsificava documentos.
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A prisão em Canoas ocorreu após o cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão. A ação envolveu equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), além da Polícia Civil de Santa Catarina, do Alagoas e do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Canoas: hacker que burlava sistema da Justiça é preso: invasões começaram em Santa Catarina
A investigação teve início há seis meses, em Santa Catarina, quando o setor de inteligência do Poder Judiciário, em parceria com a Delegacia de Investigação Criminal de Balneário Camboriú, identificou acessos indevidos em sistemas eletrônicos.
Os criminosos hackeavam credenciais de magistrados para fraudar o sistema Renajud — plataforma que permite a juízes e autoridades imporem restrições judiciais sobre veículos. A partir disso, o grupo conseguia remover bloqueios indevidos em automóveis de forma ilegal.
Hacker usava ferramentas sofisticadas
O hacker preso em Canoas já tinha antecedentes pelos mesmos crimes no Rio Grande do Sul. De acordo com a polícia, ele utilizava ferramentas sofisticadas para acessar e manipular sistemas restritos do Judiciário.
A investigação ainda está em andamento. Os agentes agora buscam identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso.
O que diz a defesa
Em nota, a defesa do acusado informa que ele já prestou depoimento para a Justiça dos Estados de Santa Catarina e São Paulo, explicando que não teria sido ele que havia acessado o sistema, conforme acusação.
Ainda foi ressaltado que o homem é réu primário e não foi chamado para prestar esclarecimentos sobre os fatos para as autoridades do Rio Grande do Sul.
Nota da defesa na íntegra
“Sobre este caso, a defesa manifesta que o investigado já prestou depoimento à polícia judiciária dos estados de Santa Catarina e São Paulo, ocasião em que explicou que não foi ele quem hackeou e acessou o gov dos magistrados.
De mais a mais, há que se falar que o investigado é absolutamente primário e que não foi citado para prestar nenhum esclarecimento quanto aos fatos do Rio Grande do Sul, que, por ora, são desconhecidos.”