A chuva no Rio Grande do Sul deve retornar já neste sábado (14), conforme aponta a previsão do tempo. A partir do fim de semana, um sistema de baixa pressão atmosférica vai atuar na Região Sul e deve provocar novas instabilidades em todo o território gaúcho. No entanto, os acumulados de 400 mm previstos para os próximos dias precisam ser analisados com bastante cuidado para evitar alarmes desnecessários.
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Segundo o radar meteorológico Windy, os volumes de chuva entre sábado (14) e domingo (15) não devem ultrapassar os 100 mm na maioria das regiões. Isso significa que, embora os acumulados ao longo do mês possam chegar a 400 mm, o volume não será concentrado em poucos dias, como ocorreu nas tragédias climáticas anteriores. Ao contrário, a expectativa é de que chova em diversos momentos, mas com intensidade variável e, em muitos dias, com níveis baixos de precipitação em parte do estado.
Volume de chuva preocupa moradores do Rio Grande do Sul
Mesmo assim, a previsão preocupa muitos moradores. Nas redes sociais, o tema gerou reações de apreensão. “Que Deus nos proteja”, escreveu uma internauta no X (antigo Twitter). Outro usuário relembrou os eventos extremos de maio: “Mal nos recuperamos de uma enchente”.
Apesar da preocupação legítima, os meteorologistas alertam que o contexto atual é diferente. Os níveis dos rios no Rio Grande do Sul estão baixos, resultado da forte estiagem que atinge o estado desde o fim das enchentes históricas. Ou seja, o solo ainda possui capacidade de absorção, e os rios têm margem para suportar volumes moderados de chuva sem transbordar imediatamente.
A tendência, segundo especialistas, é de um junho marcado por instabilidade frequente, alternando dias com volumes expressivos de chuva com períodos de precipitação leve ou moderada. Por isso, é fundamental acompanhar boletins atualizados e evitar interpretações isoladas de dados mensais que podem parecer alarmantes, mas na prática representam um cenário mais distribuído.
A chuva no Rio Grande do Sul, portanto, voltará com força nos próximos dias, mas o volume total de 400 mm se refere à soma do mês inteiro, e não à ocorrência de um evento extremo isolado. O monitoramento contínuo é essencial, mas o momento também é de prudência e informação correta para evitar pânico desnecessário.