O mistério dos três jovens desaparecidos em Canoas continua mobilizando a Polícia Civil mais de dois meses após o sumiço, no bairro Guajuviras.
Quatro semanas após o desaparecimento, a Polícia Civil prendeu quatro pessoas suspeitas de envolvimento direto no caso, que segue sendo investigado.
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Jovens estão desaparecidos há dois meses em Canoas; quatro criminosos foram presos
Na noite do dia 6 de abril, no bairro Guajuviras em Canoas, três jovens, Caroline Oliveira, Vitor Juan Santiago e Pedro Henrique Rodrigues desapareceram após receberem uma ligação para uma tele-entrega de entorpecentes no bairro Mato Grande.
A tele-entrega seria no território de uma facção criminosa contrária, para o qual ela e os dois amigos estariam vinculados. No trajeto, os jovens desapareceram.
A hipótese é que eles tenham sido colocados à força em outro carro e levado até algum local, porém, a Polícia não tem conhecimento ainda do que pode ter acontecido depois.
O sumiço já completou 2 meses e, apesar das prisões realizadas, Vitor Juan Santiago (18 anos), Carolina Oliveira de Lima (19) e Pedro Henrique Di Benedito Rodrigues (23) permanecem sem paradeiro confirmado.
Prisões
Quatro semanas após o desaparecimento dos três jovens de Canoas, a Polícia Civil prendeu quatro pessoas suspeitas de envolvimento direto no caso, que segue sendo investigado com prioridade máxima.
As prisões ocorreram em momentos distintos nas últimas semanas. Um dos investigados já estava detido na Penitenciária de Jacuí por outro crime. Outro suspeito foi localizado em Braga, no Noroeste do Estado. Já os dois mais recentes foram capturados na última terça-feira (29), durante a deflagração da Operação Amissus. A ação contou com mandados de busca, apreensão e prisão temporária.
Segundo a delegada Graziela Zinelli, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, os quatro presos têm envolvimento direto com o desaparecimento dos jovens, seja na emboscada, na possível execução ou na tentativa de ocultar os crimes. As investigações apontam que o trio integrava um esquema de tele-entrega de drogas e teria entrado, no dia do desaparecimento, em área controlada por uma facção rival.
“Temos quatro pessoas presas temporariamente, e os indícios mostram participação efetiva delas na dinâmica do crime. As prisões foram fundamentais para avançarmos nas apurações”, explicou Zinelli. Ela ressaltou ainda que o caso, mesmo com os indícios de homicídio, ainda é oficialmente tratado como desaparecimento, uma vez que os corpos das vítimas não foram localizados.
A Polícia Civil reforça que qualquer informação sobre o paradeiro dos jovens pode ser repassada, de forma anônima, pelo telefone 0800-642-0121.