Duas esposas de líderes de facção criminosa foram alvos de uma operação da Polícia Civil no Rio Grande do Sul. A segunda fase da Operação Firma, deflagrada na última semana, mira uma rede de empresas de fachada no RS e em outros três estados.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso tem base em Pelotas, no Sul do Estado. Os investigadores apuraram que, desde 2024, eles movimentaram mais de R$ 320 milhões.
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Durante a ofensiva, sete pessoas foram presas.
Esposas de líderes de facção na cadeia

Entre as sete prisões, estão a de duas esposas de líderes de facção criminosa. Uma delas é companheira de um presidiário de apelido “Crizel”, que é apontado como chefe da quadrilha dentro do Presidio Regional Pelotas (PRP) e que também teve nova ordem de prisão decretada.
Outra é esposa do traficante conhecido como “Pasteleiro”, considerado um dos fundadores da quadrilha, ela foi capturada em diligências no Rio de Janeiro, mas o homem não foi localizado. Segundo a investigação, a dupla mantém diversas empresas de fachada.
Um dos empreendimentos do casal seria uma loja de móveis em Itapema, no litoral catarinense. A suspeita é que a suposta venda lícita dos produtos foi utilizada para esconder valores oriundos do tráfico de drogas, golpes e de extorsões. Além de Pasteleiro e Crizel, um terceiro líder da facção, vulgo Dioninha, também é investigado. Mesmo já recolhido no sistema prisional, ele foi alvo de outro mandado de prisão.
“Os criminosos têm atuação interestadual. Nossas investigações apontam que eles movimentaram mais de R$ 320 milhões através de empresas de fachada, laranjas e contas de terceiros, tudo com a intenção de dissimular a origem ilícita dos lucros”, explica o delegado titular da 2ª DP de Pelotas, César Nogueira.
Saiba mais sobre a operação
A ofensiva que teve sete presos contou com 110 policiais civis apenas na cidade de Pelotas, além do apoio de unidades em outros estados, sob o comando da 2ª DP do município. Foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 69 buscas no Rio Grande do Sul Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Durante a ofensiva, foram apreendidos 37 veículos, bloqueadas mais de 300 contas bancárias, suspensão de atividades comerciais de 16 empresas e sequestro de 10 imóveis.
A primeira fase da Operação Firma, se deu início em setembro de 2024. Na época, o objetivo era acabar com um esquema de golpes dos nudes coordenado por apenados do Presídio Regional de Pelotas, especificamente na Galeria C da unidade, em menos de 40 dias, os valores movimentados ultrapassaram R$ 700 mil.