16.8 C
Canoas
17 de junho de 2025

“Eu preciso ser tratado com Justiça”, diz Nego Di após entrevista

Atualmente, com a autorização da Justiça, Nego Di reside em Palhoça, na Região Metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina

O humorista e influenciador digital, Nego Di, foi condenado na última semana a 11 anos e oito mês de prisão, além do pagamento de multa pelos crimes de estelionato praticados em Canoas. No último domingo (15), Dílson Alves da Silva Neto, deu entrevista para o jornalista Roberto Cabrini, da TV Record.

Atualmente, com a autorização da Justiça, Nego Di reside em Palhoça, na Região Metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina.

LEIA MAIS:

No centro da condenação está a loja Tadizuera, usada para aplicar golpes em mais de 370 pessoas. Apesar de ter divulgado a empresa em suas redes como sendo sua, Nego Di agora diz que foi enganado por um ex-sócio. “A loja não era minha. Eu confiei numa pessoa que eu não conhecia direito”, afirmou, referindo-se a Anderson Bonetti, a quem chamou de “estelionatário profissional”. Também condenado, Bonetti recebeu a mesma condenação do humorista.

Logo após a resposta, Nego Di foi confrontado pelo jornalista. “Você disse nas redes sociais ‘a loja é minha, podem comprar’. Você não admite que disse isso?”. O humorista, então, recuou e alegou que apenas acreditava estar entrando em uma parceria comercial que nunca se concretizou por falta de contrato.

Além da condenação, Nego Di também falou sobre a rotina na prisão. O influenciador revelou ter perdido 33 quilos e passado até 72 horas sem comer.

“Fui para o pior lugar que um ser humano pode ir. Pior que aquilo, só o cemitério.” Hoje, diz viver com apoio financeiro da esposa e sem acesso aos próprios bens, que foram bloqueados pela Justiça.

Nego Di fala sobre Falsa doação em entrevista

Durante a entrevista, Cabrini entrou no assunto sobre a falsa doação na época da enchente. Cabrini recordou que Nego Di afirmou, nas redes sociais, ter enviado R$ 1 milhão às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Mas extratos bancários mostraram que o valor real foi de apenas R$ 100.

“Foi uma mentira que fez diferença no Estado”, afirmou.

Mesmo com as acusações e contradições, Nego Di diz querer uma nova chance. “Estou tentando reconstruir minha vida. Eu preciso ser tratado com Justiça”, declarou ao fim da entrevista.

Condenação

No dia 10 de junho , Nego Di foi condenado a 11 anos e oito meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa em Canoas. A condenação se refere aos crimes de estelionato praticados contra 16 pessoas que compraram na loja virtual de Dílson Alves da Silva Neto.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o sócio de Nego Di, Anderson Boneti, também foi condenado e teve a mesma pena. A decisão é da Juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas.

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS