A chuva no Rio Grande do Sul segue provocando uma sequência de estragos em diversas regiões do estado. Desde segunda-feira (16), os temporais já deixaram duas pessoas mortas, uma desaparecida e pelo menos 2,6 mil pessoas fora de casa, conforme atualização da Defesa Civil estadual divulgada na tarde de quarta-feira (18).
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O órgão também informou que, até o momento, 68 municípios registraram ocorrências como alagamentos, deslizamentos, danos a casas, estradas e pontes, além de milhares de moradores desabrigados ou desalojados.
Após chuva, rios seguem acima da cota de inundação no Rio Grande do Sul
Entre os principais pontos de atenção, estão os rios Taquari e Caí, que ultrapassaram a cota de inundação na quarta-feira. As elevações dos níveis desses rios impactaram diretamente cidades da Região dos Vales e da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Na capital, o volume de água também surpreendeu: em apenas 48 horas, choveu cerca de 125 mm, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O número ultrapassa a média de chuva esperada para todo o mês de junho, que é de 115 mm.
Canoas decreta situação de emergência
A Prefeitura de Canoas, na Região Metropolitana, decretou situação de emergência após constatar que 35% do território da cidade foi atingido pelos alagamentos. A cidade segue mobilizada para socorrer a população e minimizar os danos.
Interior sofre com acumulados extremos
Outros municípios também enfrentam situações críticas. Em Cachoeira do Sul, São Borja e Jaguari, o volume de chuva ultrapassou os 300 mm em dois dias. Em Jaguari, o nível do Rio Jaguari chegou a 13 metros, mais que o dobro da média, que costuma ser de 6 metros. A cidade também decretou situação de emergência nesta quarta-feira.
O maior volume registrado foi em Quevedos, na Região Central, onde a chuva acumulada chegou a 371,8 mm em apenas 48 horas, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
Chuva no Rio Grande do Sul causa mortes e deixa um desaparecido
A chuva no Rio Grande do Sul já deixou duas vítimas fatais. Em Candelária, Geneci da Rosa, de 54 anos, morreu após o carro em que estava ser arrastado pela correnteza. O marido dela, um homem de 65 anos, segue desaparecido. As buscas foram retomadas nesta quarta-feira (18) com apoio dos bombeiros voluntários.
A segunda morte ocorreu entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, quando a cabeceira de uma ponte cedeu e um carro caiu no rio. O jovem Mario César Trielweiler Gonçalves, de 21 anos, foi encontrado morto no veículo, resgatado pelos Bombeiros Voluntários de Nova Petrópolis.