Com as recentes enchentes, inundações e alagamentos que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias, autoridades em saúde e especialistas voltaram a emitir um importante alerta sobre a leptospirose, doença bacteriana que pode se espalhar rapidamente após eventos extremos como os registrados no Estado. O risco de contaminação preocupa principalmente nas áreas urbanas invadidas por água contaminada.
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A palavra de ordem agora é prevenção, pois leptospirose e enchente é uma combinação perigosa e bem conhecida dos gaúchos. Em 2024, por exemplo, o Estado enfrentou um aumento de 19% nos casos da doença em comparação com 2023, totalizando 4.516 notificações, com 242 casos confirmados e mais de 15 mortes.
Risco aumenta com água contaminada
A leptospirose é causada pela bactéria Leptospira, que está presente principalmente na urina de ratos. Durante enchentes, a água misturada com esgoto e dejetos entra em contato com ferimentos na pele ou mucosas das pessoas, facilitando a infecção.
“Toda água de enchente é considerada contaminada. O risco é real e cresce muito em situações como a que vivemos agora no Rio Grande do Sul”, alertou um especialista em uma reportagem da Record Guaíba.
O alerta vale especialmente para moradores que tiveram contato com a água dos alagamentos, mesmo que por poucos minutos, e também para voluntários que estão atuando em áreas atingidas.
Especialistas temem aumento de casos de leptospirose após inundações no RS: Quais os sintomas?
Os principais sintomas da leptospirose incluem:
- Febre alta
- Dor muscular (principalmente nas panturrilhas)
- Calafrios
- Dor de cabeça
- Náuseas e vômitos
- Olhos avermelhados
- Em casos graves, insuficiência renal, meningite e hemorragias podem ocorrer
É fundamental procurar atendimento médico imediato ao perceber esses sinais, principalmente se houve contato com água de enchente nos dias anteriores.

Existe tratamento e cura?
Sim. A leptospirose tem tratamento, principalmente quando diagnosticada precocemente. O tratamento é feito com antibióticos, como a doxiciclina e a penicilina, além de hidratação e suporte médico. No entanto, casos graves podem exigir internação hospitalar e até cuidados intensivos.
Especialistas reforçam a importância da prevenção: evitar contato com águas de alagamento, usar botas e luvas, desinfetar objetos e superfícies com água sanitária, e manter a vacinação de pets em dia.