A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quarta-feira (2), a Operação Falso Patrono para combater golpes de advogados falsos que enganaram dezenas de vítimas no Estado. Até as 7h, cinco pessoas haviam sido presas no Ceará. No total, são sete mandados de prisão e 18 ordens de busca e apreensão, cumpridas também em Minas Gerais e Santa Catarina.
Conforme as investigações, o grupo criminoso se especializou em aplicar golpes que envolvem nomes e logomarcas de advogados reais. Com base em informações reais de processos judiciais, especialmente de aposentadorias, precatórios ou indenizações, os estelionatários ludibriavam vítimas com promessas de valores liberados (desde que fossem pagas supostas taxas antecipadas.)
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Segundo o delegado Eibert Moreira Neto, diretor do Departamento de Repressão aos Crimes Cibernéticos, os golpistas chegaram a enviar fotos de advogados reais em audiências, alegando que não podiam fazer chamadas de vídeo no momento. A ideia era tornar a fraude mais crível.
Operação Falso Patrono: falsos advogados que aplicam golpes com “causas ganhas” são presos: como agiam
Além disso, os criminosos monitoravam sistemas de tribunais para identificar processos em andamento. Depois disso, ligavam para as vítimas ou enviavam mensagens por WhatsApp se passando por advogados, assessores ou até servidores públicos. Durante a conversa, afirmavam que a pessoa havia vencido a ação e que só precisava pagar custas judiciais para liberar o dinheiro.

Para completar o golpe, usavam documentos falsificados com timbres oficiais. Os pagamentos eram sempre solicitados via Pix, enviados para contas de laranjas. Em alguns casos, os prejuízos chegaram a R$ 20 mil.