O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro concluiu que Juliana Marins, brasileira que morreu após cair na cratera do vulcão Rinjani, na Indonésia, sobreviveu entre 10 e 15 minutos após o acidente. A informação foi divulgada nesta terça-feira (8) e revela que, embora gravemente ferida, a jovem permaneceu viva por um curto período em estado crítico.
O novo laudo, solicitado pela família de Juliana Marins, indica que ela entrou em período agonal (fase terminal em que há deterioração das funções vitais) logo após o impacto. Os peritos brasileiros constataram que a jovem sofreu múltiplas fraturas graves na pelve, tórax e crânio, além de hemorragia interna fatal.
LEIA MAIS:
- TCE RS: Veja edital com vagas, salários e inscrições do concurso
- Caixa Tem: negativados podem pegar empréstimo no aplicativo?
- Bolsa Família: mudança pode fazer brasileiros perderem benefício
Novo laudo pericial faz revelação chocante sobre Juliana Marins: embalsamamento dificultou a necropsia
De acordo com o IML, o corpo de Juliana Marins foi embalsamado para o transporte da Indonésia ao Brasil, o que prejudicou partes da análise necroscópica. O procedimento comprometeu a identificação precisa do horário da morte e a avaliação de fatores como hipotermia e desidratação.
Apesar das limitações, os peritos conseguiram confirmar que a morte não foi imediata, como imaginava a família inicialmente. “Entre o trauma sofrido e o óbito, houve tempo de sofrimento, ainda que breve”, afirma o laudo oficial.
Divergência com a versão da Indonésia
O relatório brasileiro corrobora a causa da morte apontada por autoridades indonésias (trauma contundente com hemorragia interna), mas traz um novo elemento: Juliana Marins estava viva após a queda. Essa informação contradiz a expectativa da família, que acreditava em morte instantânea.

A queda aconteceu no dia 21 de junho durante uma trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani, um dos principais destinos turísticos da Indonésia. O corpo de Juliana foi localizado apenas três dias depois, e o resgate ocorreu no dia 25, com o auxílio de helicópteros e equipes especializadas.
Família pode tomar medidas legais
Diante das novas revelações, os familiares de Juliana Marins estudam a possibilidade de adotar medidas legais ou diplomáticas para esclarecer completamente as circunstâncias da morte. A jovem, de 28 anos, estava em viagem pela Ásia e documentava sua jornada pelas redes sociais.