Você sabia que o bolinho Ana Maria não tem nada a ver com uma filha do fundador da marca? A origem do nome envolve netas, um apelido carinhoso e até uma bebida no fim do dia. Conheça essa história surpreendente!
O bolinho Ana Maria: Um clássico desde 1976
Lançado pela Pullman, o bolinho Ana Maria virou um ícone nas lancheiras escolares de milhões de brasileiros. Mas, por trás da marca que virou sinônimo de bolo recheado, existe uma história ainda mais saborosa — e cheia de confusões sobre sua verdadeira origem.
Por anos, circulou a ideia de que o nome teria sido uma homenagem à filha do fundador da empresa. Mas essa teoria está totalmente errada. A verdade veio à tona em 2025, em uma entrevista rara com Maria Helena Dias, viúva do criador do produto, Manoel Correa de Souza Filho.
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A inspiração veio dos EUA
Durante uma viagem aos Estados Unidos na década de 1970, Manoel conheceu um tipo de bolinho popular chamado “Mary Ann cake” — um pão de ló recheado e fofo. Encantado com a ideia, ele trouxe a receita para o Brasil decidido a adaptá-la ao gosto nacional.
A dúvida era: como batizar um produto com nome americano e torná-lo familiar ao público brasileiro?
“Índia, vai ser Ana Maria mesmo”: A decisão que entrou para a história
Numa noite comum em casa, enquanto tomava um uísque com sua esposa Maria Helena — a quem carinhosamente chamava de “Índia” — Manoel teve a ideia:
“Minhas duas netas se chamam Ana, e você é a minha Maria. Vai ser Ana Maria mesmo.”
A frase simples selou o nome do bolinho que, décadas depois, se tornaria líder de mercado. O nome é, portanto, uma junção afetiva entre as netas Ana Paula e Ana Carolina e o amor por Maria Helena.
Quem era “Mary Ann”? Mistério que nem os americanos conseguem explicar
Curiosamente, até hoje ninguém sabe ao certo quem foi a verdadeira Mary Ann, a inspiração original americana. Segundo uma investigação do The New York Times, nem mesmo os historiadores da culinária conseguiram encontrar a origem do nome.
O site The Food Timeline afirma que “Mary Ann” era, na verdade, uma marca de formas de bolo muito popular no início do século XX, fabricada pela Edward Katzinger Company (EKCO), em Chicago. A conexão com bolos recheados surgiu depois, sem um registro exato da origem do nome.
O legado do nome Ana Maria
Por isso, hoje, cinco das sete netas de Manoel têm “Ana” no nome: Anna Paula, Anna Carolina, Anna Elisa, Ana Helena e Mariana. Mesmo sem nunca ter tido uma filha chamada Ana Maria, o nome acabou se tornando parte do legado da família — e da infância de milhões de brasileiros.
O bolinho ganhou o brasil com sabor e história
Muito mais do que um nome simpático, Ana Maria é resultado de uma união de afetos, tradição e adaptação cultural. Agora que você conhece essa história, o próximo bolinho no lanche pode vir com um gostinho ainda mais especial.