Leonardo Machado de Menezes de 20 anos é o jovem militar da Força Aérea Brasileira (FAB) sequestrado e morto a tiros. Na última quinta-feira (10), a Polícia Civil prendeu oito criminosos envolvidos no homicídio durante a Operação Rapta (saiba mais abaixo).
De acordo com a polícia, o crime ocorreu em fevereiro deste ano. Na data, Leonardo marcado um encontro com uma mulher em sua casa, em Canoas. Eles, segundo a polícia, já haviam se relacionado outras vezes.
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A mulher, então, informou para o jovem que estava indo de Uber até a sua casa. Porém, quando o veículo indicado por ela, chegou ao endereço, o militar acabou sendo sequestrado e espancado em frente a sua residência. Na sequência, Leonardo foi colocado dentro do Fiat Argo utilizado pelos criminosos.
Cerca de duas horas depois, o jovem foi encontrado morto em um local próximo à ERS-118, em Sapucaia do Sul. O corpo apresentava sinais de diversas agressões e tinha mais de 20 marcas de tiros.
Facções criminosas estão envolvidas na morte de jovem militar de Canoas
Conforme a polícia, Leonardo não tinha antecedentes criminais. Porém, a investigação apurou que ele mantinha relações com integrantes de uma facção criminosa. Outro detalhe que chamou a atenção da polícia foi o fato da mulher que teria marcado um encontro com a vítima ser de outra facção.
Para a polícia, a mulher teria sido uma ‘isca’ para atrair Leonardo para uma emboscada.
“Ela insiste ter um encontro com esse rapaz na madrugada dos fatos e marca então um encontro na frente da casa dele. Ela fala que vai de Uber até o local, pede o endereço e ele fica esperando na frente de casa. Quando ela chega com esse veículo, dentro desse veículo, tem outros cinco indivíduos que então espancam ele na frente de casa, colocam ele no porta-malas e levam ele para Sapucaia”, destaca o delegado Fabiano Kepp, titular da 2ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul.
Conforme Kepp, o crime teria sido motivado pela amizade que o jovem mantinha com integrantes de uma facção rival a qual a mulher pertencia.
“A motivação seria pelo fato dele ter vínculos de amizade com indivíduos de uma determinada facção e se relacionar com essa mulher que também se relaciona com indivíduos de uma outra facção, de uma facção rival. Ele expõe essa relação dele nas redes sociais e esse fato chama a atenção dessa facção rival. Então eles vem e praticam esse crime”, pontua o delegado.
Operação prende oito envolvidos no crime
A investigação sobre a morte de Leonardo resultou na operação Rapta deflagrada nesta quinta (10). Cerca de 40 policiais cumpriram 16 ordens judiciais, sendo seis de prisão de temporária e 10 de busca e apreensão em Canoas, Porto Alegre, Viamão, Charqueadas e Osório.
De acordo com o delegado, oito pessoas foram presas por envolvimento no crime. Entre elas, está a mulher que teria atraído a vítima para a emboscada.