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14 de julho de 2025

Mulher faz a unha e quase perde o dedo por infecção grave

Aposentada passou por quatro cirurgias, enfrentou risco de amputação e ainda sente dores após infecção no salão

Mulher com grave infecção no dedo: Aos 66 anos, a aposentada Marise Teixeira de Araújo Amorim, de Goiânia (GO), enfrentou um pesadelo após fazer um procedimento simples: cuidar das unhas. Em fevereiro, ela saiu de um salão com um pequeno ferimento no polegar e, dias depois, precisou passar por uma cirurgia de emergência para conter uma infecção que quase a fez perder o dedo.

Marise sempre cuidou bem das mãos. Mas, naquela visita ao salão, decidiu experimentar uma manicure nova, que utilizou seus próprios instrumentos de trabalho. Durante o procedimento, a profissional acabou descolando um pedaço da unha ao usar a lixa, o que causou um pequeno machucado.

“Só percebi que algo estava errado quando senti uma ardência forte, no momento em que ela passou acetona”, lembra Marise.

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A dor aumentou e virou emergência médica

Nas horas seguintes, Marise começou a sentir dores intensas e um inchaço progressivo no dedo. Mesmo com analgésicos, a dor ficou insuportável. No dia seguinte, ela procurou atendimento médico.

Os médicos iniciaram o tratamento com antibióticos e anti-inflamatórios. Ainda assim, a infecção se espalhou. Dois dias depois, um angiologista recomendou cirurgia de urgência. Cinco dias após fazer as unhas, Marise entrou na sala de cirurgia.

Cirurgias, enxertos e risco de amputação

Desde o primeiro procedimento, Marise passou por quatro cirurgias para conter os danos e preservar a funcionalidade do dedo. Ela precisou realizar enxertos com parte do dedão do pé para recompor a área afetada na mão direita. Em agosto, fará a quinta cirurgia, desta vez com foco estético e funcional.

“Estou em recuperação. Fiz mais de 70 sessões de fisioterapia e ainda sinto dor. Meu dedo não dobra, não consigo escrever nem segurar objetos direito”, relata a aposentada.

Infecção após fazer a unha: como isso acontece?

O médico Frederico Faleiro, especialista em cirurgia da mão, explica que casos como o de Marise envolvem uma infecção chamada paroníquia, que pode se agravar rapidamente.

Instrumentos não esterilizados rompem a proteção natural da pele, facilitando a entrada de bactérias na parte interna do dedo. O resultado pode ser uma infecção aguda e, em casos extremos, necrose ou amputação”, afirma o especialista.

Mulher infecção no dedo: como se proteger de infecções em salões de beleza

O médico orienta que, sempre que possível, os clientes levem seus próprios materiais ao salão. Além disso:

✅ Exija que os instrumentos sejam esterilizados na sua frente
✅ Evite cutucar a cutícula ou fazer procedimentos agressivos
✅ Observe a higiene do ambiente e das profissionais
✅ Em caso de dor, vermelhidão ou inchaço, procure atendimento imediatamente

A rotina de Marise mudou completamente

Desde a infecção, Marise vive um processo de readaptação. Ela ainda não consegue fazer o movimento de pinça com o polegar, o que compromete atividades simples como segurar objetos ou usar o celular.

“É muito frustrante. Tudo isso começou com um cuidado estético. A gente nunca imagina que uma unha pode mudar a vida da gente”, desabafa.

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