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21 de julho de 2025

Bolinho Ana Maria é alvo de denúncia

Além da empresa, a denúncia também foi direcionada a influenciadores e o grupo Meta, dono do Facebook e do Instagram

O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) enviou uma denúncia à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e ao Procon do RJ, na última quarta-feira (16) pedindo a investigação da empresa Bimbo do Brasil por propaganda abusiva e enganosa dos bolinhos Ana Maria.

Além da empresa, a denúncia também foi direcionada a influenciadores e o grupo Meta, dono do Facebook e do Instagram, pela veiculação de publicidade do produto.

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Para o Idec, as ações infringem regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) devido ao marketing que alega benefícios à saúde, apesar da baixa qualidade nutricional dos produtos, e por estimularem o público infantil a consumirem ultraprocessados, induzindo o consumidor a hábitos alimentares prejudiciais à própria saúde.

Em nota, a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro, por meio do Procon Carioca, disse que determinou a suspensão imediata das campanhas publicitárias que utilizam elementos infantis e a retirada de conteúdos enganosos das redes sociais. Além disso, que proibiu a distribuição de brindes ou estratégias de marketing voltadas às crianças e notificou a empresa Bimbo do Brasil, que tem um prazo de 20 dias para se manifestar.

A denúncia teve início após o Observatório de Publicidade de Alimentos, do Idec, analisar 14 bolinhos da marca Ana Maria e identificar que, além de serem ultraprocessados, ou seja, não indicados para crianças, os produtos contam com aditivos alimentares com funções cosméticas, responsáveis por conferir ou modificar características como sabor, aroma, cor e textura, e altos níveis de açúcar adicionado e gordura saturada.

Ao analisar a embalagem, foram identificadas incongruências com os ingredientes listados pela empresa. Os bolinhos de baunilha e mel, por exemplo, não continham as substâncias em suas composições. A inclusão dos chamados “ingredientes fantasmas” configura propaganda enganosa, segundo o Idec.

Bruna Linck
Bruna Linck
Estudante de Jornalismo, Bruna Linck é fotógrafa e escreve sobre o cotidiano da cidade.
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