Se você costuma comer mais de 700 gramas de carne vermelha crua por semana, atenção: seu risco de desenvolver câncer pode estar aumentando silenciosamente. É o que apontam estudos recentes citados por especialistas em saúde pública e reforçados por dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com a OMS, carnes como bovina, suína e ovina são classificadas como “provavelmente cancerígenas” (Grupo 2A). Já as carnes processadas, como bacon, presunto e salame, estão no Grupo 1, ou seja, são comprovadamente causadoras de câncer.
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Comer carne pode causar câncer?
Pesquisadores destacam três fatores principais:
- Pigmento Haem, que forma compostos tóxicos ao ser digerido
- Conservantes (nitratos e nitritos) usados em embutidos
- Altas temperaturas de preparo (churrasco, fritura e defumação) que liberam substâncias cancerígenas como PAHs e HCAs
No entanto, esses compostos podem danificar o DNA das células intestinais e elevar o risco de vários tipos de câncer.
Cânceres ligados ao consumo de carne:
- Câncer colorretal (o mais associado)
- Câncer de pâncreas, próstata e mama
- Câncer de fígado, pulmão, rim e útero
Para se ter ideia, 50g diários de carne processada (como 3 fatias de bacon) aumentam o risco de câncer colorretal em 18%, segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).
É preciso parar de comer carne?
Não totalmente. Mas os especialistas recomendam reduzir drasticamente:
Limite a carne vermelha a 500g por semana (cozida)
Prefira carnes magras e frescas, evite as processadas
Use métodos de preparo saudáveis como cozinhar ou assar, em vez de fritar ou grelhar
Aumente o consumo de fibras, frutas, verduras e grãos integrais
“O ideal é buscar uma dieta equilibrada, que reduz não só o risco de câncer, mas melhora todo o organismo”, afirma o oncologista Alok Khorana.