19.4 C
Canoas
25 de julho de 2025

25 de julho: Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha relembra luta por igualdade e visibilidade

25 de julho é o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Entenda a história da data e a importância

O 25 de julho é mais do que uma data no calendário: é um símbolo de resistência, memória e visibilidade para milhões de mulheres negras na América Latina e no Caribe. Celebrado oficialmente desde 1992, o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha chama atenção para as múltiplas formas de discriminação e violência enfrentadas por mulheres negras, e também para sua força, cultura e protagonismo.

No Brasil, a data também celebra o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que se tornou símbolo da luta antirracista e feminista no país.

Por que o 25 de julho é o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha?

A escolha do 25 de julho remonta à realização do 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em 1992, na República Dominicana. Mais de 400 mulheres de diversos países participaram do evento, que denunciou o racismo, o sexismo e a exclusão social enfrentados por mulheres negras no continente.

LEIA MAIS:

A partir desse encontro, o 25 de julho passou a ser um marco de articulação internacional, lembrado todos os anos como um dia de luta por direitos, políticas públicas, igualdade racial e de gênero.

Tereza de Benguela: símbolo da resistência negra no Brasil

No Brasil, o 25 de julho também homenageia Tereza de Benguela, uma das figuras mais importantes da história da resistência quilombola. Líder do Quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, Tereza comandou uma comunidade formada por negros e indígenas por mais de 20 anos, após a morte de seu companheiro, José Piolho.

Ela organizou sistemas políticos, econômicos e de defesa, resistindo ao sistema escravocrata e às forças coloniais até ser capturada e morta em 1770. Em 2014, o Congresso Nacional oficializou a data como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, reforçando a importância de sua trajetória.

Por que o 25 de julho ainda é necessário?

Apesar dos avanços, as desigualdades raciais e de gênero ainda são marcantes na América Latina e no Brasil. Mulheres negras continuam sendo as mais afetadas por:

  • Violência doméstica e institucional
  • Sub-representação na política
  • Diferenças salariais e desemprego
  • Falta de acesso à educação e saúde de qualidade

O 25 de julho é, portanto, uma data essencial para refletir, reconhecer e valorizar as contribuições históricas e atuais das mulheres negras, bem como para pressionar por ações concretas que garantam seus direitos.

Celebrações e mobilizações

Todos os anos, o 25 de julho é marcado por:

  • Marchas, debates e seminários
  • Campanhas de conscientização nas redes sociais
  • Homenagens a lideranças negras
  • Atos políticos e culturais em comunidades periféricas, quilombolas e urbanas

Movimentos como a Marcha das Mulheres Negras, coletivos de juventude negra, ONGs e universidades têm papel fundamental na construção desse debate.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS