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28 de julho de 2025

Cérebro pode “ficar cheio”? O que os cientistas descobriram vai te surpreender

Cérebro humano pode guardar mais que um milhão de GB, mas excesso de estímulos digitais pode causar confusão, cansaço e lapsos de memória

Com tanta informação chegando ao mesmo tempo — redes sociais, streaming, mensagens, notificações — é comum a sensação de que “não cabe mais nada” na mente. Mas será que o cérebro realmente pode ficar sem espaço?

Segundo especialistas, o cérebro não funciona como um HD ou um pen drive. Ele é muito mais inteligente e flexível.

O cérebro não “enche”, mas pode ficar sobrecarregado

O neurocientista Leandro Freitas Oliveira, da Universidade Católica de Brasília, explica que o cérebro não armazena arquivos, mas constrói redes de memória. Ele está constantemente criando, reorganizando e descartando conexões neurais, num processo dinâmico que nunca para.

Estudos indicam que a capacidade de armazenamento pode chegar ao equivalente a vários petabytes — mais de 1 milhão de gigabytes.

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Como o cérebro “limpa” sua memória

A cada fase da vida, o cérebro faz uma espécie de “faxina” chamada poda sináptica. Conexões pouco usadas vão sendo enfraquecidas e, com o tempo, a informação fica mais difícil de acessar — mas não some completamente.

Se você volta a estudar ou reviver aquela memória, a conexão pode se fortalecer de novo.

Emoções fortalecem a memória

Experiências marcadas por emoções fortes — boas ou ruins — têm mais chances de serem armazenadas para sempre. Segundo o neurologista Amauri Godinho, o cérebro “grava” melhor aquilo que impacta emocionalmente.

Um simples exemplo: você talvez não se lembre da cor da porta do consultório, a menos que bata o dedão nela. A dor faz o cérebro fixar a lembrança.

Dicas para manter a memória afiada

Para preservar o bom funcionamento da mente, os especialistas recomendam:

  • Dormir bem
  • Praticar exercícios físicos
  • Estudar e aprender coisas novas
  • Meditar e evitar multitarefa
  • Reduzir tempo de tela
  • Conversar e viver experiências significativas

Excesso de estímulos digitais prejudica o foco

Mesmo com toda sua capacidade, o cérebro sofre quando é bombardeado por estímulos rápidos e curtos. Rolar infinitamente o feed ou alternar entre vídeos curtos reduz o foco, causa fadiga mental, dificulta o aprendizado e afeta a memória recente.

Além disso, o uso excessivo de apps, GPS e lembretes automáticos está “terceirizando” funções do cérebro, deixando de exercitar o planejamento, atenção e tomada de decisão.

“Tecnologia é aliada, mas não pode substituir o cérebro. Se você não exercita, enfraquece”, diz Oliveira.

Josué Garcia
Josué Garcia
Estudante de jornalismo e redator de SEO, Josué Garcia escreve sobre cotidiano.
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