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04 de agosto de 2025

Veja como usar o Pix em compras no exterior

Mesmo sem Pix internacional oficial, brasileiros já usam o sistema em vários países

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, se tornou um fenômeno nacional. Com mais de 160 milhões de usuários ativos, ele já é parte do dia a dia dos brasileiros. Mas surge a dúvida: é possível usar o Pix fora do Brasil?

A resposta é sim, com algumas condições — e cada vez mais gente está aproveitando essa funcionalidade mesmo em viagens internacionais.

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Como funciona o Pix fora do Brasil?

Hoje, o Pix ainda não é um sistema global, mas já pode ser utilizado de duas maneiras principais fora do país:

1. Ambos os usuários têm conta no Brasil

Se quem paga e quem recebe têm contas brasileiras habilitadas para Pix, a transação acontece normalmente, mesmo que uma das pessoas esteja fisicamente no exterior.

Exemplo: você compra de um amigo que está nos EUA, mas ambos têm contas no Brasil.

2. Uso de intermediários (eFX ou empresas facilitadoras)

Aqui entra o papel de empresas como a PagBrasil, que atuam como ponte entre o Pix e o comércio internacional. Funciona assim:

  • Você faz um Pix em reais para a empresa intermediária no Brasil;
  • A empresa converte o valor e repassa em moeda estrangeira ao estabelecimento no exterior.

Esse modelo já é aceito em países como:
🇦🇷 Argentina | 🇨🇱 Chile | 🇺🇸 Estados Unidos | 🇵🇹 Portugal | 🇫🇷 França

Pix internacional oficial: quando chega?

Ainda não há um Pix global oficial, mas o Banco Central estuda a integração com o sistema Nexus, projeto do Banco de Compensações Internacionais (BIS), que busca criar uma rede global de pagamentos instantâneos entre países.

👉 Porém, ainda não há data confirmada. A implementação depende de acordos multilaterais e testes entre os bancos centrais participantes.

Por que usar o Pix em viagens internacionais?

Mesmo com limitações, há vantagens reais ao pagar com Pix fora do Brasil por meio de empresas intermediárias:

Pagamento em reais: você paga direto da sua conta brasileira, sem precisar de cartão internacional.
Câmbio transparente: o valor é convertido na hora, com taxa visível.
Segurança: transações seguem os protocolos rígidos do Banco Central.
Velocidade: como no Brasil, o dinheiro cai em segundos.

Países onde turistas já usaram o Pix

Relatos de viajantes mostram que já é possível pagar com Pix em diversos destinos, especialmente quando lojas e restaurantes usam facilitadoras de pagamento:

📍 Argentina
📍 Uruguai
📍 Chile
📍 Estados Unidos
📍 Portugal
📍 França

O que esperar do Pix até o final de 2025?

Além dos testes com o Nexus para viabilizar o Pix internacional, o Banco Central prepara outras inovações até o fim do ano:

  • Pix Automático: pagamentos recorrentes com agendamento;
  • Pix Garantido: modelo similar ao crédito, com liquidação futura;
  • Mais integrações com carteiras digitais e bancos estrangeiros.

Ainda não temos um Pix global, mas o sistema já começa a ultrapassar fronteiras com o apoio de empresas intermediárias. Para o viajante brasileiro, é uma opção prática, econômica e segura — e que deve crescer ainda mais nos próximos anos.

Se você vai viajar, vale a pena consultar os estabelecimentos do destino e verificar se eles já aceitam Pix via facilitadora.

Josué Garcia
Josué Garcia
Estudante de jornalismo e redator de SEO, Josué Garcia escreve sobre cotidiano.
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