A crise na aviação brasileira ganhou mais um capítulo preocupante. A Azul encerra voos em 14 cidades do país em 2025, afetando diretamente milhares de passageiros e reduzindo drasticamente a malha aérea nacional. A decisão, anunciada oficialmente pela companhia, pegou muita gente de surpresa e já gera incertezas no setor.
Segundo a Azul, o corte representa a eliminação de 53 rotas, como parte de um plano para focar em aeroportos considerados mais lucrativos, especialmente o hub principal em Campinas (SP). Entre as cidades afetadas estão Crateús, Sobral, Mossoró, Ponta Grossa e Parnaíba, que agora ficam sem conexões diretas da empresa.
Fim da Azul? Empresa aérea encerra operações em 14 cidades brasileiras: motivo oficial
O motivo oficial para que a Azul encerra voos nesses municípios inclui aumento de custos operacionais, alta do dólar, problemas na cadeia global de suprimentos e ajustes na frota. A companhia enfrenta um processo semelhante à recuperação judicial, nos Estados Unidos, sob o chamado Capítulo 11 da Lei de Falências.
A Azul já havia anunciado em janeiro a suspensão em 12 cidades, mas a lista cresceu após novas análises de viabilidade. Passageiros afetados estão sendo comunicados e devem receber assistência conforme as regras da Anac. Apesar disso, a mudança causa preocupação sobre a conectividade aérea de regiões menos atendidas.
No documento apresentado a investidores, a empresa afirmou que pretende concentrar esforços em rotas de maior demanda e rentabilidade, enquanto reestrutura sua operação para enfrentar a crise. O corte, no entanto, acende um alerta sobre a fragilidade do setor, que ainda se recupera dos impactos econômicos globais.
LEIA MAIS:
- “Bobbie Goods”: entenda o fenômeno que conquistou o Brasil
- Por que agosto é o “mês do cachorro louco”? Entenda a origem e veja se ainda faz sentido em 2025
- Por que gigantes dos jogos lançam cada vez mais remakes?
Enquanto isso, especialistas alertam que a retirada da Azul dessas localidades pode elevar preços e reduzir opções de deslocamento, afetando turismo e economia locais. A dúvida que fica é: será que outras companhias seguirão o mesmo caminho?