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18 de agosto de 2025

Automedicação: prática comum no Brasil pode levar à morte; saiba os riscos e como evitar

Nove em cada dez brasileiros se automedicam, segundo o Conselho Federal de Farmácia

Sabe aquela dor de cabeça que surge do nada ou aquela indisposição que insiste em ficar? A primeira reação de muitos é tomar um remédio que já tem em casa ou que alguém indicou. Mas será que essa solução rápida é realmente segura? A automedicação, hábito tão comum entre os brasileiros, pode trazer mais riscos do que benefícios.

Automedicação no Brasil: um hábito perigoso

Segundo o Conselho Federal de Farmácia, 9 em cada 10 brasileiros praticam automedicação. Os casos mais comuns envolvem dores de cabeça, gripes, febres e dores musculares. Além disso, a internet tem papel importante: muitos usuários admitem buscar informações online sobre medicamentos antes de consumi-los.

Para a professora do curso de Farmácia da Estácio, Elizângela, é preciso cuidado até mesmo com medicamentos de venda livre.

“É importante saber se aquele remédio é adequado, qual a dose correta, o horário e a duração do tratamento”, alerta.

Ela destaca que o farmacêutico deve ser consultado antes do uso.

“O indivíduo pode e deve perguntar quais são os riscos e se há possibilidade de alergia ou outros problemas. Um remédio sem orientação pode resolver um problema, mas causar outro”, explica.

Quais são os riscos da automedicação?

O perigo vai muito além de efeitos colaterais leves. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), a automedicação provoca cerca de 20 mil mortes por ano no Brasil. A Anvisa classifica a prática como problema de saúde pública.

Entre os riscos estão:

  • Náuseas, vômitos e diarreia;
  • Alterações na pressão arterial;
  • Aumento do nível de açúcar no sangue;
  • Danos ao fígado, rins ou outros órgãos;
  • Dependência e tolerância a medicamentos.

Além disso, um sintoma aparentemente simples pode indicar um problema grave que exige tratamento médico.

“Quando a gente recorre à automedicação, quer resolver o problema rápido, mas pode ser que ele precise de um cuidado maior”, alerta Elizângela.

Como evitar os riscos?

  • Consulte sempre um médico ou farmacêutico antes de usar qualquer medicamento;
  • Não siga orientações apenas da internet ou de conhecidos;
  • Leia a bula e siga corretamente a prescrição;
  • Em caso de sintomas persistentes, busque atendimento médico.

“O profissional farmacêutico pode investigar com você e até indicar uma consulta médica, principalmente se não se sabe a origem do problema”, conclui a especialista.

Josué Garcia
Josué Garcia
Estudante de jornalismo e redator de SEO, Josué Garcia escreve sobre cotidiano.
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