A Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelou detalhes sobre a mulher conhecida como “Dama de Copas”, figura central na facção criminosa desarticulada pela Operação “Dama de Copas”, em Sapucaia do Sul. Ela era a principal responsável por manter o esquema de tráfico de drogas e extorsão fora do presídio, enquanto seu companheiro, preso em Charqueadas, comandava a organização de dentro da cadeia.
Segundo as investigações, a Dama de Copas tinha papel estratégico: recolhia o dinheiro do tráfico, administrava os vendedores de drogas e coordenava toda a logística da facção. Entre maio de 2024 e março de 2025, ela movimentou mais de R$ 1 milhão, valor que a polícia aponta como resultado exclusivo das atividades ilícitas.
Quem é a Dama de Copas? Operação revelou que mulher liderava facção em Sapucaia do Sul: câmeras de monitoramento eram usadas para “cuidar” a polícia
Mesmo à frente do grupo em liberdade, a mulher mantinha comunicação diária com o marido preso, garantindo que nenhuma decisão fosse tomada sem sua anuência. A dupla utilizava celulares e chamadas de vídeo para gerenciar operações e até intimidar moradores da região da Cohab, onde câmeras clandestinas foram instaladas para monitorar a polícia e a população.
A Dama de Copas não era apenas uma figura de apoio, mas a peça-chave para o funcionamento da facção. Ela fazia a ponte entre os criminosos encarcerados e os comparsas em liberdade, organizando desde a arrecadação de dinheiro até o uso de imóveis para guardar drogas.
A prisão da mulher foi considerada pela Polícia Civil um dos golpes mais significativos contra a facção, já que sua atuação permitia a continuidade do tráfico mesmo com o líder atrás das grades.
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Com a segunda fase da Operação “Dama de Copas”, já são 18 prisões realizadas e outras nove pessoas continuam sendo procuradas. Para os investigadores, a captura da Dama de Copas representa um passo essencial no desmonte de um esquema criminoso altamente organizado que aterrorizava moradores de Sapucaia do Sul.