Uma das mais tradicionais indústrias têxteis do Brasil entrou oficialmente com pedido de falência na Justiça. A empresa Teka, com sede em Blumenau (SC) e unidade fabril em Artur Nogueira (SP), estava em recuperação judicial há 13 anos e anunciou, nesta semana, a solicitação de falência continuada.
De acordo com comunicado divulgado pela própria companhia, o pedido feito pelos advogados responsáveis pela administração judicial tem como objetivo permitir que a empresa continue funcionando, enquanto ocorre a liquidação do patrimônio e o pagamento dos credores.
“O pedido realizado pela administração judicial consiste justamente na manutenção da empresa em funcionamento, com a racionalização dos pagamentos aos credores e a permanência da Teka no mercado”, diz a nota publicada nas redes sociais.
Atualmente, a Teka emprega cerca de 2 mil funcionários. Apesar de não informar os valores exatos da dívida, fontes do setor indicam que o montante é bilionário.
Famosa empresa pede falência após dívidas bilionárias: O que acontece agora
A decisão sobre o futuro da companhia está nas mãos da Vara Regional de Falências, Recuperação Judicial e Extrajudicial de Jaraguá do Sul (SC). Enquanto o processo é avaliado, a empresa continuará operando, mas com as mesmas restrições financeiras e operacionais impostas nos últimos anos.
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A Teka havia entrado em recuperação judicial em 2012, após acumular dívidas de grandes proporções. Agora, com o pedido de falência, o processo pode resultar na liquidação dos ativos e reestruturação dos pagamentos.
Greve não está descartada
O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial (Sintrafite), que representa os funcionários, afirmou que não descarta a possibilidade de greve diante da situação. Segundo a entidade, disputas entre acionistas também podem ter influenciado na decisão de pedir falência.